NACIONAL: Governo fará enquete sobre o fim do horário de verão
Após a conclusão de estudos que mostram que o horário de verão não proporciona economia de energia, e sim desperdício, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores.
Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou dar um posicionamento prévio. O presidente Michel Temer é quem vai bater o martelo sobre a questão, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Se vigorar neste ano, o horário de verão começa em 15 de outubro e termina em 17 de fevereiro.
“Tendo em vista as mudanças no perfil e na composição da carga que vêm sendo observadas nos últimos anos, os resultados dos estudos convergiram para a constatação de que a adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema”, informou o MME.
No passado, o horário de maior consumo de energia era registrado entre 17h e 20h, quando os trabalhadores retornavam para casa e tomavam banho.
Para dar mais folga e segurança ao sistema, adiantar os relógios em uma hora permitia, por exemplo, adiar o acionamento da iluminação pública nas ruas. Isso deslocava parte da demanda e diminuía a concentração do uso de energia, reduzindo custos do sistema elétrico. Hoje, o Brasil mudou o comportamento e o tipo de consumo.
A primeira vez que o País o adotou foi em 1931. Desde 1985, ele foi aplicado todos os anos.
Nos países desenvolvidos, o horário de verão é mais extenso do que no Brasil. Na Europa, vigora de março a outubro; nos Estados Unidos, México e Canadá, de março a novembro; na Austrália, de outubro a abril; na Nova Zelândia, de setembro a abril.
Em 2016, de acordo com dados do MME, o horário de verão durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema. O custo é considerado irrelevante ao setor. (Fonte: Revista Exame)