REGIÃO: 3º Café Sensorial é prestigiado e agrada os participantes
A 3ª edição do Café Sensorial foi marcada por valorosas contribuições do público presente. Envolvidos com o assunto, pessoas com deficiência, presidentes e integrantes de entidades da região, autoridades, representantes da área de Recursos Humanos, sindicatos, bem como apoiadores da causa, compartilharam conhecimento em busca de um mesmo objetivo: a criação de uma sociedade mais justa e igualitária.
Realizado nta última quarta-feira, 24, na sede do Sincomerciários de Jundiaí e Região, cerca de 230 pessoas prestigiaram o evento promovido pelo presidente do sindicato, Milton de Araújo, em parceria com a Fecomerciários.
Na abertura dos trabalhos, a professora Eunice Aires, representando o presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, ressaltou a importância e magnitude do momento. Para ela, a integração com as pessoas com deficiência foi fundamental para que o evento ganhasse maior expressão.
O presidente Milton, por sua vez, se alegrou ao ver o grande número de participantes e desde aquele momento, disse ter certeza do aproveitamento de cada um. “Vocês vão aprender muito aqui hoje, pois nós preparamos um evento de qualidade, com ótimos assuntos e palestrantes” afirmou.
Com o intuito de promover a acessibilidade e total participação das pessoas com deficiência, como os surdos, durante todo o evento houve a participação de uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
A importância do recurso de audiodescrição com seus benefícios e vantagens ao deficiente visual
A professora doutora em Linguística Aplicada e Estudos de Linguagem, Lívia Motta, distribuiu aparelhos de audiodescrição para as pessoas com deficiência visual e foi responsável por descrever os acontecimentos imagéticos durante todo o café.
Dinâmica, Lívia iniciou sua palestra convidando todos a vendar os olhos, para “assistir” um vídeo comercial e então, questionou o possível produto e imagens que faziam parte da propaganda. Em seguida, reproduziu o vídeo, mas agora com a narração de audiodescrição, assim, Lívia conseguiu demonstrar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual, bem como a importância da audiodescrição.
A doutora acredita que ainda falta para a sociedade informação: “Quem são as pessoas com deficiência? Quais os recursos que ela precisa utilizar? As pessoas devem refletir quanto a isso”. Ela ainda explicou que a audiodescrição é a “tradução de imagens em palavras”, comentando suas diversas funções e aplicabilidade, como eventos sociais, filmes, educação, entre outros.
José Luis Pires de Camargo diretor do Sincomerciários de Jundiaí e Região se sentiu sensibilizado com o evento, pois, ao conviver com as pessoas com deficiência, percebeu que sua dificuldade, por não ter a perna direita, é muito pequena perante a dos demais. “Pude aprender muito com o evento, além de que os depoimentos fizeram meu coração bater mais fortes” emociona-se José Luiz.
Já para Ariosto Francisco Conceição, presidente da União dos Deficientes de Jundiaí e Região (UDJR), que participou de todas as edições do Café Sensorial, o evento evolui a cada ano, sempre com assuntos importantes. Para ele, que é uma pessoa com deficiência visual, a novidade da audiodescrição foi um ponto alto: “achei muito interessante, a partir de agora vou procurar sempre utilizar esse recurso” enfatizou Ariosto.