REGIÃO: Equoterapia faz parte dos tratamentos na Casa da Criança Paralítica de Campinas
Desde março deste ano, as crianças atendidas pela Casa da Criança Paralítica de Campinas (CCP), contam com o tratamento da Equoterapia, comandado pela experimente terapeuta Gabriela Galvão e a empresária Barbara Ceratti, com a equipe da Trote Mágico. Uma estrutura é montada no local onde os cavalos, os terapeutas e equipe administrativa, cuidam de cada detalhe para o atendimento perfeito e eficiente.
A equipe da FOLHA NOTÍCIAS conversou com duas mães, que já sentiram significativas melhoras após o início da equoterapia.
Patrícia Ribaldo é a mãe da Clarinha, de 4 anos. Desde 2015 ela vem de Boituva, para tratar da filha no CCP. Com a equoterapia Patrícia relatou que a postura da filha já evoluiu de forma visível. Já Clarinha abriu um sorriso enorme e contagiante ao ver os cavalos e sem medo, já quis montar e partir para o tratamento.
A campineira Leonice de Oliveira é mãe da Laiany, de quase 4 anos. A menina é tratada pelo CCP desde que tinha 1 ano e 6 meses. Após a equoterapia, Leonice já sentiu melhora e disse que a filha Laiany já fica mais firme ao sentar. A mãe contou a nossa equipe que teve gêmeas, nasceram de apenas 6 meses, e já nos 15 primeiros dias de vida, as meninas tiveram uma espécie de AVC, um sangramento de terceiro grau. Laiany ficou com sequelas, enquanto o organismo da Irmã absorveu o sangramento e nada de pior aconteceu. A menina agora também consegue realizar movimentos com braços e pernas que antes não eram possíveis.
A CASA DA CRIANÇA PARALÍTICA (CCP)
Há 63 anos o CCP cuida de crianças de Campinas e Região. A ONG atende hoje
341 crianças, com 66 profissionais, sendo 20 apenas no atendimento. Além deles o CCP tem a colaboração de voluntários entre médicos, dentistas, enfermeiros e profissionais da aérea de administração. A equipe da FOLHA conversou com Maria Delta, diretora social e coordenadora dos voluntários, que trabalha voluntariamente há 15 anos, e Lilian Robbi, coordenadora técnica, que se dedica há 22 anos ao CCP. Elas explicaram o trabalho social e terapêutico da instituição. “Tudo aqui tem que ser feito com amor. E é só com ele que alcançamos melhoras e até a cura de nossos pequenos amiguinhos”, falou sabiamente a diretora Delta. Já a coordenadora Lilian explicou que a dedicação e paciência são práticas diárias dos profissionais que ali lutam para que as crianças, pais e familiares, alcancem uma qualidade de vida melhor. “O sorriso no rosto, a boa vontade e é claro, o amor e dedicação são essenciais no nosso trabalho, que é técnico, mas também humano, muito humano”, contou Lilian, que expos que os voluntários são primordiais na instituição. “Temos médicos aqui que entraram assim que se formaram, e estão aqui uma ou duas vezes por semana, como voluntários há mais de 40 anos”, confidenciou.
ARRECADAÇÃO E DOAÇÕES
A ONG vive de doação e cerca de apenas 9% de sua receita vem do poder público, 50% via telemarketing e o restante de contribuições espontâneas. Qualquer cidadão pode se associar e pagar um valor mensal, de qualquer estimativa. As doações espontâneas também são muito bem vindas e ajudam muito nas contas do CCP.
COMO SE TRATAR NO CCP
Para poder usufruir dos serviços da Casa da Criança Paralítica, é preciso de encaminhamento da Rede de Saúde da cidade, através de uma consulta médica. Um serviço social também é solicitado para outro tipo de avaliação, sempre linkado a deficiência física. É interessante salientar que a condição física da criança é a prioridade, independente da condição social.
Um exemplo de eficiência dos tratamentos é o garoto João, que chegou no CCP sem andar e falar. O garoto hoje, andando e falando, muito feliz, mostrou aos jornalistas da FOLHA, os equipamentos que mais gosta de usar.
A FOLHA ainda conheceu toda estrutura, nas mais diversas salas da entidade, entre elas a fisioterapia, que conta hoje com sofisticados equipamentos, além de uma parede de escalada e até uma tirolesa, que estimulam todo exercício corporal da criança com muita diversão. Há ainda salas pedagógicas, salas de aula e consultório dentário completo. “Cuidamos da criança quase por completo e nos preocupamos também com seu bem estar estético e bucal. Tudo para que ela tenha uma vida normal em sociedade”, disse Lilian. Há ainda no CCP, uma brinquedoteca, espaço de leitura e um amplo refeitório.
Assim como a CCP, existem em muitas cidades do País, centenas de instituições que auxiliam pessoas com deficiência, e em todas elas, como bem resumiram Lilian e Delta, é necessário doses de amor, dedicação e paciência. É, claro, com todo tipo de deficiência que a equipe de reportagem observou no CCP, nada ficou tão claro, quanto a presença de Deus em todo ambiente. “Aqui nós recebemos mais do que doamos”, finalizou muito bem a diretora voluntária Delta.
PARA DOAR E ASSSOCIAR-SE
Visite o site da Casa da Criança Paralítica de Campinas:
www.ccp.org.br
ou entre em contato pelo telefone
19 2127 7230.