REGIÃO: Espetáculo ‘A Queda’ é atração no teatro do Sesc Jundiaí neste sábado (11)

O que um homem pode fazer quando tudo que é seu está partindo? Com esta premissa, desenvolve-se a narrativa do espetáculo A Queda, que será apresentado no teatro do Sesc Jundiaí, neste sábado (11), às 19h.
O espetáculo é o terceiro do projeto “Trilogia Íntima” do Teatro de Perto, composto de pesquisa e criação de três solos reunindo temáticas que apontam aspectos muito íntimos do ser, tocando em segredos de espírito e simbologias que a partir do particular e individual, refletem no coletivo, no social. Nesta jornada vertical, digamos assim, a queda provoca o personagem e o público a refletirem sobre preconceitos e machismo, misturando esses temas com questões ancestrais, como a busca e questionamentos sobre religiosidade e Deus.
No enredo, um homem está numa queda livre e convida a plateia a presenciar este acontecimento. Neste percurso sua única companhia, além do público, é um pássaro que tem a função de arrancar seus membros, vísceras e memória, à medida que se aprofunda na queda. Antes de perder tudo o que possui, ou tudo o que seu corpo e espírito carregam, o homem tenta elaborar os significados deste “milagre”, despedindo-se de tudo o que compõe a sua história. Seu corpo, sensações, sentimentos, religião, conceitos, começam a desaparecer.
Enquanto cai, este homem se aprofunda cada vez mais em si mesmo, num mergulho seminal que o faz rever desde os princípios que o capacitaram para a vida social, até suas origens míticas, numa espécie de reação em cadeia invertida, que caminha do expandido para o mais íntimo e sutil, lhe devolvendo o encanto de lembrar-se de si e de sua civilização.
O diretor Nelson Baskerville provoca: “É o homem que está caindo ou ele está parado vendo a queda da própria plateia? O importante é que nesse movimento intenso de queda, o homem assume as rédeas da sua vida e revê, ponto a ponto, todos os acontecimentos passados ou futuros. O ator Marcello Airoldi estará sozinho no palco. Um homem só. Num palco. Nos fazendo perceber que somos sós ao nascer e sós ao morrer, criando uma vertigem na plateia, que se verá obrigada a montar/editar o enorme quebra-cabeça que estará à sua frente. A vertigem do homem é de uma lucidez absurda. Teatro para levarmos para casa e refletirmos sobre vida-amor-e-morte,”
Airoldi afirma que “A Queda é a trajetória de um homem simples que precisa se desfazer de tudo que não serve mais. No fundo ele está à procura de um novo ser, em busca de renovação. A peça lembra a importância da arte como ferramenta de reflexão e comunicação entre os homens. A arte torna possível ao homem se reelaborar e evoluir”.
Sobre Marcello Airoldi
Ator, autor, diretor e professor de teatro. Participou de diversas novelas e seriados, como Viver a Vida, A Vida da Gente, Geração Brasil, Salve Jorge, Malhação, Sol Nascente, Deus Salve o Rei, Psi, Vizinhos, entre outros. No cinema recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no Los Angeles Brazilian Film Festival, pelo trabalho em Onde está a felicidade?. Trabalhou em filmes como Flores Raras, Amor em Sampa, S.O.S. mulheres ao mar, Do lado de fora, Pequeno Dicionário Amoroso 2, entre outros. No teatro recebeu o prêmio Arte Qualidade Brasil de melhor ator de comédia pela peça Intocáveis. Atuou em peças como Bodas de Sangue, Os Penetras, Pessoas Absurdas, Oui Clos – entre quatro paredes, Um segundo e meio, Não Vamos Pagar, entre outras. Recebeu prêmio de autor revelação no Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem pela peça Mequetrefe Sorrateiro.
Sobre Nelson Baskerville
Ator, diretor e autor teatral além de artista plástico. Diretor-criador da Antikatártika Teatral & Cia Mungunzá de Teatro, dirigiu em 2007 o grupo do Teatro Oficina na peça “Dublin Carol” (Cântico de Natal), de Conor McPherson, em Guimarães (Portugal) onde também fez sua primeira e única exposição. Em 2006 e 2007 esteve em cartaz como ator e adaptador no espetáculo Quando Nietzsche Chorou de Irving Yalon. Dirigiu os projetos da AntiKatártiKa, Camino Real de Tennessee Williams e 17 X Nelson – o Inferno de todos nós que esteve três anos em cartaz em diversos teatros da cidade. Em 2008, adaptou e dirigiu Por que a Criança cozinha na Polenta de Agaja Veteranyi, com a Cia Mungunzá de Teatro (40 prêmios em 12 festivais pelo Brasil incluindo melhor direção, adaptação, trilha sonora). Em 2010/11 cria e dirige Luiz Antonio- Gabriela – espetáculo autobiográfico com a Cia Mungunzá que recebe o prêmio Shell 2011 de melhor diretor. Nos últimos anos dirigiu inúmeros espetáculos, entre eles, As estrelas cadentes do meu céu são feitas de bombas do inimigo (2013), Eigengrau – no escuro (2017 – recebendo nova indicação ao prêmio Shell de direção), O rio (Sesc Anchieta – 2018), Os 3 mundos (Centro Cultural Fiesp – 2018). Na televisão atuou em Pedra sobre Pedra, Rei do gado, minissérie Maysa, Viver a Vida, Em família, entre outros projetos.
Ficha Técnica
Texto e atuação: Marcello Airoldi
Direção: Nelson Baskerville
Participação especial em OFF: Cida Moreira
Direção de Movimento: Cristiano Karnas
Desenho de luz: Aline Santini
Trilha Sonora: Enrico Airoldi/Marcello Airoldi/ Nelson Baskerville
Figurino: Marichilene Artisevskis
Cenotécnico: Antonio Theodoro Sasso Jr
Operação de Luz: Rodrigo Damas
Operação de Som: Val Oliveira
Fotos: Priscila Prade
Assessoria de imprensa: Morente Forte Comunicações
Direção de Produção: Carolina Parra
Realização: MAPA- Marcello Airoldi Produções Artísticas e Teatro de Perto
Serviço:
A Queda
Dia 11. Sábado, 19h
Duração: 60 minutos
Teatro | 220 lugares
Ingressos: 5,00 (credencial plena), 8,50 (meia), 17,00 (inteira)
Venda limitada a 2 ingressos por pessoa
Classificação: 12 anos
















