REGIÃO: Nova eleição para o Sindicato dos Funcionários Públicos de Valinhos, Louveira e região acontece em Setembro
A nova eleição que definiria a próxima gestão do Sindicato dos Funcionários Públicos de Valinhos, Louveira e Morungaba, ocorrida nos dias 15, 16 e 17 de julho, teve urnas itinerantes em diversos locais de trabalho e fixas nas sedes do sindicato e nos Paços de cada município, totalizando nos três dias, 582 votos, e, desse modo, não atingindo o quórum mínimo de 60% mais 1, conforme reza o estatuto da entidade. Para validar a eleição seriam necessários 642 votos do total de 1.050 servidores aptos a votar. A comissão eleitoral encaminhou todo o pleito para o juiz responsável e aguarda sua orientação para marcar novas eleições. Os votos foram incinerados na presença de todos os componentes de ambas as chapas, sem a violação do voto do servidor.
INTERVENÇÃO
Para Valteni Alves Santos, atual presidente do Sindicato e candidato pela Chapa 1 essa eleição teve um teor diferente por conta da intervenção judicial, a qual garantiu a participação da Chapa 2, porém, com pouco tempo hábil para que tudo ocorresse da melhor maneira que o servidor merece. “A determinação judicial impossibilitou as chapas de fazerem melhor divulgação, já que o pleito virou responsabilidade dos dirigentes da Federação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (FUPESP), que assumiram a árdua tarefa de organizar a comissão eleitoral em um período muito curto. Vejo também que a resolução judicial apenas analisou um lado da moeda, não levando em consideração os reais motivos pelos quais a Chapa 2 não cumpriu o prazo de inscrição na primeira etapa da eleição e também não considerou o resultado parcial da primeira eleição, quando os servidores públicos decidiram pela permanência da Chapa 1 na direção do Sindicato. Respeitamos e cumprimos aquilo que o juiz determina, porém, concluo que a decisão judicial culminou na evasão de eleitores que não compreenderam a determinação, ficando claro que nesta fase eleitoral o esvaziamento foi a maneira que os eleitores encontraram para protestar”, defende Santos.
ELEIÇÕES
“Além disso, gostaria de reiterar que nós agimos estritamente dentro do que a Justiça determina, atendendo a todos os requisitos solicitados até o mês de abril, mas fomos surpreendidos com a feroz investida dos integrantes da chapa 2 contra o processo normal das eleições em nosso sindicato. Mesmo assim, acatamos imediatamente a decisão do juiz de Direito da 3ª Vara do Foro de VALINHOS, dr. Paulo Rogério dos Santos, de, em 60 dias, realizar novas eleições para atender aos reclamos da chapa concorrente. Então foi publicado o edital de convocação para as novas eleições na edição de 19 de maio no jornal ‘Folha de S. Paulo’, com prazo de inscrição de 30 dias a contar da data de publicação, sendo a eleição prevista para acontecer em 15, 16 e 17 de julho, conforme foi realizado”, garante Valteni Santos.
E o atual presidente continua: “Foram também fixadas cópias do edital em todas as repartições públicas e no jornal do sindicato, em sua edição do mês de junho, página 4, sendo o prazo inicial das inscrições de 20 de maio a 18 de junho, até às 13h, tudo estritamente conforme está na lei. Mas o que não foi observado é que os integrantes da chapa 2 ignoraram a determinação judicial e não deram muita importância aos trâmites necessários e nem às datas definidas no despacho do juiz, e assim só retiraram o material previsto no edital no dia 17 de junho, conforme consta nas imagens gravadas do circuito interno de câmaras de segurança. Portanto, pasmem senhores e senhoras, eles deixaram para apresentar os documentos necessários para a inscrição da chapa apenas há dois dias para o final do prazo limite. E para confirmar o descaso da chapa 2 para com o pleito, só protocolaram 12 fichas, quando a composição total da chapa é de no mínimo 20 fichas. A verdade é que sem cumprir a mais elementar das obrigações que é ler o edital, os comunicados da decisão judicial, a retirada e entrega dos documentos nos prazos pré-estabelecidos e muito menos sem admitir seus erros e desacertos, fez uma nova investida contra o sindicato, exigindo a inscrição da chapa através de mandado judicial, como se alguém, além dela própria, quisesse impedir a sua inscrição no pleito. O funcionário público e a população das três cidades precisa saber que os componentes da chapa 2 são ‘useiros e vezeiros’ em utilizar expedientes pouco ortodoxos para obter vantagens onde de maneira leal e democrática não conseguiram”, dispara o presidente Valteni.
OUTRO LADO
Conversando com um dos integrantes da chapa 2, Bruno Santos, que é funcionário da Câmara Municipal de VALINHOS, ele explicou à reportagem da FOLHA NOTÍCIAS que a luta pela tomada do Sindicato dos Funcionários Públicos de Valinhos, Louveira e Morungaba já existe há mais de 6 anos, muito porque a atual diretoria vem se mantendo no poder por mais de 50 anos. “O atual presidente, Valteni Santos, não é legítimo porque antes dele quem exercia a presidência era o Lovato (Carlos Alberto Lovato) que era comissionado, e que ao se afastar deixou de ser funcionário publico, pois o cargo de confiança não tem estabilidade, surgindo então e necessidade de se realizar eleições. Os funcionários inscritos no sindicato foram ao Ministério Público (MP) e solicitaram a realização das eleições para a escolha de uma nova diretoria com a vacância do Lovato, mas isso não foi possível na época por uma série de impedimentos legais”, admite Bruno.
“No começo do ano passado o MP finalmente determinou que as eleições fossem realizadas. Acontece que o Valteni era membro do conselho fiscal, e como fiscal não poderia fiscalizar os que faziam parte dessa chapa, já que a chapa 2 não tinha sido inscrita. A promotoria então ordenou a inscrição da chapa 2 e que se fizessem eleições, mas o pessoal da chapa 1 fechou as sedes de duas cidades, LOUVEIRA e VALINHOS, e elegeu o Santos presidente. Nós da chapa 2 fomos ao Ministério Público que acatou o nosso pedido de liminar, dando o prazo de 90 dias para que novas eleições fossem realizadas. Então, entramos com uma ação na Justiça e o juiz concedeu a liminar e nós fizemos a inscrição. Eles alegam que nós erramos porque fizemos a inscrição em dois momentos, mas nada disso é verdade porque o juiz acatou o nosso pedido de liminar”, conta Bruno Santos.
Em reunião que ocorreu na última quinta-feira, 23, a comissão eleitoral junto às duas chapas (1 e 2), definiu que o novo pleito do Sindicato vai acontecer nos dias 15, 16 e 17 de setembro.