REGIÃO: Número de veículos aumenta mais que o dobro da população

Para se ter uma ideia do crescimento de veículos na região é só pensar que cada carro é um bebê novo que nasce por dia. Só em VALINHOS são quase 11 que 'nascem' diariamente. VINHEDO são 5 dia

Para se ter uma ideia do crescimento de veículos na região é só pensar que cada carro é um bebê novo que nasce por dia. Só em VALINHOS são quase 11 que ‘nascem’ diariamente. VINHEDO são 5 dia

O crescimento da frota de veículos em LOUVEIRA, VINHEDO, VALINHOS e ITATIBA aumentou, em média, mais que o dobro do que o registrado no crescimento populacional, segundo dados do Departamento de Trânsito de São Paulo (DETRAN-SP) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a média de crescimento anual da população das quatro cidades foi de 2,2%, a de automóveis chegou a 5,3% no período que engloba agosto de 2013 até o mesmo mês deste ano. Os dados mostram uma tendência preocupante em uma região que, no último ano, presenciou congestionamentos recordes e vem lutando para encontrar soluções para uma maior fluidez no tráfego.

Os números mais extremos se concentram nas cidades de LOUVEIRA e ITATIBA. Os louveirenses, de um ano para cá, ultrapassaram o crescimento populacional na aquisição de veículos. Ou seja, emplacam-se mais carros do que nascem bebês, por dia. Já os itatibenses compram em maior quantidade, e o número de carros aumentou exatamente o triplo. Juntas, as duas cidades ganharam, em um ano, cerca de quinze carros novos por dia. VALINHOS teve um boom no aumento da frota. A cidade mais populosa entre as quatro observadas ultrapassou, em agosto, a marca de 88,5 mil veículos nas ruas: número 4,6% maior do que o de um ano atrás. VINHEDO teve os dados menos desproporcionais: enquanto sua população teve taxa anual de crescimento de 2,8%, o da frota foi menos de um ponto percentual maior, 3,4%.Os percentuais estão bem acima da média nacional. A alta renda per capita da região, que é intensamente industrializada, incentivos governamentais e um modelo de transporte público que atende cada vez menos às demandas podem ser umas das explicações para esse fenômeno. A falta de investimentos em um transporte coletivo com mais opções, itinerários variados e pensados para a real necessidade da população, além de horários não limitantes, levam as pessoas a optar pelo transporte individual. Políticas públicas eficientes e a conscientização, por parte da população, dos malefícios que o consumo automobilístico desenfreado gera se fazem necessárias para tentar, ao menos, frear esses números críticos. Agora você, leitor, entende porque está cada vez mais difícil chegar ao trabalho ou voltar para casa nos dias atuais? E deve piorar.

 

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