REGIÃO: Prefeito decreta ‘Estado de Alerta’ em Vinhedo

VAL_Nebuliza_Cred_PMValAcompanhando a epidemia de dengue que avança em todo o Estado de São Paulo, VINHEDO tem registrado um número crescente de casos da doença na cidade. A Prefeitura, por sua vez, está lutando para tentar controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti no município, mas sem a ajuda da população essa será uma batalha perdida.

NÚMERO DE CASOS PREOCUPA

Com 119 pessoas comprovadamente infectadas com o vírus da dengue até o dia 7, terça-feira (último balanço divulgado), os números começam a preocupar. Isso significa que, de cada 534 vinhedenses, um está com o vírus.
Entre as áreas com mais ocorrências da doença, está o Centro, com 32 registros, as regiões do bairro Santa Claudina e Santa Rosa, com 12 infectados cada, e a da João XXIII, com 11 casos de dengue.
Vale ressaltar que aguardam resultado do exame de contaminação 850 pessoas. Caso metade desses casos se confirme, a cidade passaria a ter 544 casos, sendo o maior registro da doença em toda sua história.

DECRETO AJUDARÁ NO COMBATE

Através de decreto assinado na quinta-feira, 9, o prefeito de VINHEDO, Jaime Cruz, autorizou diversas medidas que vão ajudar no combate ao avanço da dengue na cidade. Entre elas estão o ingresso forçado em imóveis particulares (nos casos de recusa ou ausência de alguém que possa abrir a porta para o agente sanitário, quando a situação se mostrar fundamental para a contenção da doença ou de agravo à saúde); promover o isolamento de indivíduos, grupos ou áreas; apreensão e destinação de materiais que possam se tornar potenciais criadouros (com destinação a critério da autoridade sanitária); a obrigatoriedade das imobiliárias permitirem acesso aos agentes sanitários para vistorias em imóveis, sob sua responsabilidade; além da obrigatoriedade da manutenção de terrenos sem construção ou com obras em andamento. Também está autorizada a contratação de pessoal, caminhões e máquinas para a limpeza emergencial dos pontos críticos; aquisição de medicamentos para tratamento de infectados; suspensão automática de férias e licenças dos servidores municipais para desenvolvimento de ações de combate à dengue; e a convocação imediata de todos os motoristas e demais servidores efetivos do município para colaborarem neste enfrentamento ao mosquito transmissor da doença. As aquisições e contratações poderão ser feitas de forma emergencial, com dispensa de licitação.
O Decreto Municipal obriga, ainda, os proprietários de residências, estabelecimentos comerciais, instituições públicas e privadas e terrenos com existência de caixa d´água a mantê-las tampadas, com vedação segura. Também obriga a instalação de cobertura fixa ou desmontável em áreas destinadas para depósito de pneus, novos ou usados, para evitar o acúmulo de água. Estabelecimentos como ferro velho, cata-entulhos, serviços funerários, floriculturas e estabelecimentos que comercializam plantas ficam obrigados a adotar medidas para drenagem permanente de água.

CASOS EM LOUVEIRA TAMBÉM PREOCUPAM

Os louveirenses também têm que ficar atentos com pessoas que apresentem os sintomas da dengue e com o combate aos criadouros. A cidade já confirmou 32 infectados com a doença. Além disso, outros 335 munícipes aguardam o resultado laboratorial sobre a contaminação.
A Prefeitura insiste em medidas como a visita casa a casa para combater uma possível epidemia, mas, a exemplo de VINHEDO, se a população não colaborar, todo o esforço nesse sentido será inútil.

VALINHOS GARANTE ATENDIMENTO PARA OUTRAS CIDADES COMO CAMPINAS E SUMARÉ

Conforme divulgado, a maior dificuldade que VALINHOS enfrenta com relação à dengue não são os casos da cidade, e sim o crescente número de atendimentos de moradores de municípios vizinhos, principalmente Campinas, que mais uma vez passa por uma epidemia.
Tudo estaria razoavelmente sob controle, não fosse a demanda de outras cidades que o sistema de saúde valinhense tem que absorver. Com 208 casos registrados, e outros tantos aguardando resultado, a população e a Prefeitura parecem ter encontrado um equilíbrio com relação às responsabilidades que cada um exerce no combate ao transmissor da doença.

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