VALINHOS: Acesso interditado a casas no bairro Nova Espírito Santo pode ser reaberto esta semana
O problema das cinco famílias valinhenses que tiveram a principal rua de acesso às suas casas interditado pela cerca de um bolsão de segurança no bairro Nova Espírito Santo, em VALINHOS, pode ter fim nesta semana. Isso porque, de acordo com um dos representantes do grupo, a Prefeitura se comprometeu a reabrir o acesso.
A SITUAÇÃO
Há cinco meses foi instalada uma cerca que fecha o principal acesso de cinco famílias de produtores rurais às suas residências. Um caminho alternativo tem sido usado, porém, quando chove, a situação fica realmente muito complicada.
Vale ressaltar que a cerca que foi colocada serve para formar um bolsão de segurança, que é regularizado e totalmente dentro da lei.
Os moradores do local, por sua vez, estão reclamando da dificuldade para conseguir chegar às suas casas, principalmente quando chove. É como se estivessem ilhados pela lama que se forma no caminho que foi disponibilizado para passarem. Há também a questão de esse novo caminho passar por dentro de terrenos particulares, não garantindo que esteja sempre aberto para o uso destas famílias. Ou seja, quando um dos novos proprietários resolver fechar a passagem, não haverá mais como chegar às casas.
Os afetados
Um dos moradores dos imóveis isolados, Carlos Martins, relatou que quando foi instalada a grade, sugeriu que fosse colocado um portão em frente à rua e dada a chave do cadeado aos moradores do local. Martins disse, inclusive, que pagaria metade do valor do portão. A ideia, porém, não foi aceita.
Andreia Gimenes, que também mora numa das casas, falou da dificuldade em conseguir transporte escolar para seus filhos. Ela conta que havia contratado uma Van para levar as crianças à escola, mas com a dificuldade de acesso depois da instalação da grade, o perueiro avisou que não buscaria mais os estudantes, o que gera preocupação em Andreia.
O caso mais dramático é o de Donizete Devechio. Agricultor que cultiva seriguela e caqui, sustenta uma família de nove pessoas com a sua produção. As frutas são vendidas para São Paulo e os compradores iam de caminhão para retirar a mercadoria.
Desde que foi instalada a cerca fechando o acesso, o caminhão que fazia a recolha vem sofrendo para conseguir chegar ao sítio de Donizete. Segundo o agricultor, o motorista já avisou que não sabe se continuará comprando as frutas pela dificuldade de chegar à propriedade. Devechio não sabe o que será da vida se os produtos não forem vendidos. A esperança é que a Prefeitura realmente possa intervir e a vida desses moradores volte ao normal o mais rápido possível.
O outro lado
Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de VALINHOS não havia respondido aos questionamentos da FOLHA.