VALINHOS: Concessão de cemitério gera longo debate na Câmara
A 19ª sessão ordinária realizada ontem, na Câmara Municipal de VALINHOS, foi palco de um debate rendido entre a situação, representada pela líder do governo, vereadora Dalva Berto, e o vereador oposicionista, Rodrigo Popo, em torno do projeto 136/2017 que dispõe sobre a concessão da administração do cemitério São João Batista que já não possui mais espaço para sepultamentos. Por causa dessa situação foi pedido regime de urgência para a primeira discussão e votação do projeto de autoria do Poder Executivo Municipal. Mas a oposição argumentou que o assunto não tinha sido debatido em grupos de trabalho e outras comunidades.
Mas antes da votação do projeto foi realizada a votação de uma emenda modificativa de autoria da vereadora Dalva Berto e do vereador Alécio Cau que foi aprovada por unanimidade. Os oposicionistas liderados por Popo questionaram como vai ficar o serviço social do cemitério e o preço das taxas que serão cobradas com a privatização e como vai ficar a qualidade dos serviços oferecidos pela futura empresa concedsionaria que administrara o cemitério por 30 anos prorrogáveis por mais 10. Já o vereador da oposição André Amaral questionou a situação da Capela, patrimônio histórico do município e do Velório Municipal, se ambos estão incluídos no projeto de desestatizacao do cemitério. O vereador Popo ficou irritado com a aprovação do regime de urgência para discussão e votação do projeto porque queria mais debate em torno da proposta do Executivo. “Vejo aqui uma grande arbitrariedade sendo cometida contra o Regimento Interno da Câmara Municipal, é um achincalhar, um atentado ter sido aprovado o regime de urgência, sem mais discussões e audiências”, bradou Rodrigo Popo. Para ele, o regime de urgência faria com que os vereadores votassem às cegas a propositura do prefeito de VALINHOS, Orestes Previtale. O vereador Henrique Conti defendeu que se debatesse se realmente é necessário mudar o cemitério Municipal para cemitério privado que visa lucro enquanto isso não acontece com a administração por parte da Prefeitura Municipal. O vereador Mauro Penido informou que uma sepultura hoje custa 1.800 reais, mas com a privatização como vai ficar, que preço vai ter?
Por fim o projeto com a emenda é colocado em votação sendo aprovado por 12 votos a favor e 4 contrários, levando o projeto para uma segunda votação que deverá ocorrer antes do recesso (férias) parlamentar que ocorre logo depois da última sessão do semestre.
Os vereadores que votaram a favor foram Veiga, Rolou, Mônica, Giba, Berta, Secafim, Clau, Beloni, Conti, César e Salame. Os votos contra o projeto foram de Popo, André, Franklin e Penido. Mas até a próxima sessão de terça muita coisa pode acontecer.
E por falar em cemitério, a situação da saúde em VALINHOS, segundo os opositores e boa parte dos moradores do município, ainda carece de investimentos, pois falta desde medicamentos, seringas, profissionais, veículos e alimentação nas Unidades de Saúde valinhenses, inclusive a Santa Casa de VALINHOS e a UPA, o que tem gerado reclamações.