VALINHOS: Criança morre após demora no atendimento

VAL_Leidiane de Jesus Siqueira_Crédito Guilherme Ferragut (3)A morte da menina Maria Roberta de Jesus Siqueira de apenas oito anos chamou a atenção de toda a cidade na última semana. Isso porque segundo a mãe da criança, Leidiane de Jesus Siqueira, antes de morrer ela teria passado por atendimento na UPA e na Santa Casa de VALINHOS.

Os problemas teriam começado na quinta-feira, 5, quando a menina chegou de viagem com muitas dores no abdômen, vômito e diarréia. Ela foi com a mãe até a UPA e lá foi diagnosticada uma virose. Sendo assim, foi medicado soro e recomendado que a jovem bebesse bastante água de coco para se hidratar.

Porém, no dia seguinte, segundo o relato da prima, a criança acordou com muitas dores e inchaço na barriga. Foi acionada uma ambulância e a garota foi levada para a Santa Casa. No local foi informado que qualquer procedimento que fosse feito na menina seria cobrado. A mãe disse que não teria problema e que qualquer despesa seria paga. Mesmo assim o atendimento não foi prestado. Depois disso, ela foi encaminhada novamente à UPA. Lá foi atendida por duas médicas. A primeira disse se tratar de gases. A segunda suspeitou que o diagnóstico pudesse ser apendicite. Diante do quadro a jovem foi mais uma vez encaminhada para a Santa Casa.

No hospital, os funcionários tentaram entrar em contato com o médico que faria a cirurgia, mas ele demorou três horas para chegar. Durante a operação a menina teve uma parada cardíaca e foi transferida para a UNICAMP, aonde chegou sem vida.

A mãe da garota relata que na ambulância foi impedida de acompanhar a filha na parte de trás do veículo, tendo que viajar no banco da frente, junto com o motorista. Além disso, existe uma informação contraditória entre o que o médico que operou a menina disse e o que o médico da UNICAMP relatou. De acordo com o relato de Leidiane, o cirurgião de VALINHOS afirmou que a apêndice da jovem não havia estourado. Essa informação foi negada pelo doutor do hospital campineiro. “O médico da UNICAMP disse que se a apêndice não tivesse estourado minha filha não estaria com pus entre os órgãos”, afirma a mãe.

Quando perguntada sobre o que pretende fazer com relação a morte da menina Leidiane se emociona. “Ela era minha única filha, e nem que eu tenha outros dez ela será substituída. Eu não quero dinheiro nem ajuda da Prefeitura. O que eu quero é justiça, quero que quem tenha errado pague pelo seu erro. Não quero que nenhuma outra mãe passe pelo que eu estou passando”, disse Leidiane.

O vereador Giba esteve na casa da família de Roberta e promete apurar o caso.

Prefeitura irá investigar                                                                                                    

A Prefeitura disse que dois profissionais foram designados para apurar todos os procedimentos médicos que envolveram o atendimento da criança realizado na UPA VALINHOS e na Santa Casa. A secretária de Saúde, Rita Longo, determinou também que os pais sejam ouvidos pelo Serviço Social da Prefeitura. O resultado final da perícia do IML é que vai determinar a causa da morte.

 

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