VALINHOS deve encerrar racionamento no final do ano

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A cidade de VALINHOS foi a pioneira na região a adotar o racionamento de água. Passado mais de um ano e meio, com o período mais seco do ano se aproximando, a FOLHA NOTÍCIAS questionou o que a Prefeitura está fazendo para que o município supere a falta d’água.

Rodízio mantido
A informação passada pelo presidente do Departamento de Água e Esgoto de VALINHOS (DAEV), Luiz Mayr Neto, por meio da assessoria de imprensa, é de que o racionamento será mantido até o final do ano. “A medida se justifica por dois motivos principais: nível crítico do Sistema Cantareira, que fornece água para o Rio Atibaia, de onde VALINHOS retira 50% de tudo o que é consumido no município; e demanda reprimida de água em VALINHOS, de 3.000.000 de litros por dia, antes do rodízio. Com o racionamento, o consumo caiu 10% e o sistema opera perfeitamente”, comenta.

Melhorias
O que fica evidente é que desde a implantação das medidas restritivas ao consumo de água, algumas obras foram feitas, e elas devem ser a salvação da cidade nos próximos anos. Entre elas estão a ampliação da Estação de Tratamento de Água II (ETA II), que deve aumentar a oferta de água tratada, que passará dos atuais 17.280.000 de litros/dia, para 28.600.000 de litros/dia.
Além da ampliação, uma nova adutora levará mais água até essa estação de tratamento. Outros três novos reservatórios, com 1 milhão de litros cada, serão construídos na Chácara Silvânia, na ETA II e no Jardim América II. Entre as melhorias, também está a construção de uma nova casa de bombas na estação elevatória da Rua Campos Sales e a substituição por propulsores mais potentes. A substituição de hidrômetros é mais uma das medidas. Desde 2013, já foram substituídos 8 mil desses medidores e a previsão é de que até o final de 2016 outros 8 mil sejam trocados. “A medida é a forma mais justa de se cobrar o real gasto e atende à determinação do Consórcio da Bacia dos Rios Capivari, Piracicaba e Jundiaí (PCJ), como medida essencial para redução de perdas”, justifica o presidente. Todos esses investimentos parecem já estar surtindo resultado. “As perdas, que há 12 anos eram de 28%, chegaram a 38% em 2012 e já caíram para 32%. O desafio é retornar à marca que fez de VALINHOS uma referência no assunto para diversas concessionárias e serviços de água e esgoto de São Paulo e de outros Estados”, conclui Mayr.

Água bruta
Um novo reservatório de água bruta, como aquele que existe no Centro de Lazer do Trabalhador, ainda não está nas previsões do município, embora o presidente do DAEV afirme que já existem estudos embrionários sobre o caso.
A importância de tal reservatório se dá levando-se em conta que toda a água que foi economizada durante o racionamento, calculada em cerca de 4,7 bilhões de litros, não foi reservada. Esse número representa o volume de água que deixou de ser gasto, mas não está guardado para um momento de possível crise.

Fim do racionamento
O fim do racionamento, segundo o presidente do DAEV, está atrelado à ampliação do ETA II, que aumentará a oferta de água tratada em VALINHOS. O término da obra está previsto para o final de 2015. Porém, como metade do abastecimento do município vem do rio Atibaia, que é abastecido pelo Sistema Cantareira, caso haja uma crise como a do ano passado, mais uma vez os valinhenses podem ficar com as torneiras secas.

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