VALINHOS: Discussão sobre a merenda escolar domina sessão

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Com o único projeto a ser votado na noite de terça-feira, 29, retirado da pauta da sessão da Câmara de VALINHOS pelo pedido de vistas regimentais do processo pelo vereador Edson Batista (PSDB), a principal atividade dos vereadores durante as quatro horas em que permaneceram no recinto foi reclamar do prefeito, ou apoiá-lo, dependendo da aliança política.
Os temas, porém, não mudaram muito do que já foi discutido nas semanas anteriores. A ‘cereja do bolo’ desta vez ficou por conta do fornecimento de merenda nas escolas municipais, que segundo integrantes da comissão responsável pela comida servida aos alunos, deixou muito a desejar. Para se ter uma ideia, até o presidente da Câmara, Rodrigo Toloi (PDT), aproveitou para demonstrar seu descontentamento com o trabalho da Administração.
Só tem salsicha
Dois requerimentos, um do vereador Giba (PDT) e outro do vereador Scupenaro (PMDB), foram o estopim para uma discussão que durou mais de 40 minutos na noite de terça-feira, 29. Enquanto a tão esperada água descia dos céus para amenizar a crise hídrica pela qual passa a cidade, dentro do plenário ‘choviam’ críticas contra a merenda escolar.
Para Giba, as denúncias que chegaram até seu gabinete são muito graves. “A Prefeitura não respeita o cardápio da merenda escolar e eu quero saber o que está acontecendo (…). Na Educação não dá para economizar”, afirmou. O vereador Israel Scupenaro (PMDB) disse que a reclamação que recebeu é de que também não há variedade nos alimentos servidos. “As pessoas que nos procuraram dizem que é salsicha, macarrão e pão com manteiga”.
Quando o presidente da casa subiu à tribuna, a linha do discurso foi a mesma. “A Educação não está sendo valorizada. Temos de cortar gastos sim, mas tem de ser na veia. A Saúde e a Educação precisam de investimento”, defendeu. Continuando, ele afirmou que se necessário, coloca os cargos que ele indicou dentro a Prefeitura à disposição do prefeito. “Se for preciso, para cortar gastos, pode mandar cortar os cargos de confiança que eu indiquei.”
Em defesa do prefeito, Lorival Messias (PROS) pediu que fossem convidados o secretário da Educação, Danilo Sorroce, e os técnicos da pasta para prestarem esclarecimentos na Câmara. “A informação que tenho é de que existe problema no fornecimento das frutas, que foram substituídas por suco”, disse. Ele acrescentou ainda que é difícil armazenar os produtos, já que são 25 mil merendas por dia. “Tem uma nutricionista que cuida da alimentação (…) Quem tem de falar o que está acontecendo são os responsáveis”, destacou.
O presidente se comprometeu a convidar o secretário e quem mais fosse necessário para esclarecer os fatos.
Ponte do Capuava
Outra polêmica, também tema de requerimento, foi o aniversário de 12 anos da queda da ponte que ligava as ruas João Tiene e João Joanim Tordin, no bairro Capuava, destruída por uma enxurrada. O assunto foi levado ao plenário pelo vereador dr. Pedro Damiano (PR), que apresentou requerimento perguntando quando a obra terá início. Ele destacou que já foram enviadas moções e abaixo-assinado à Prefeitura pedindo providências. “Quem frequenta essa região vê com enorme preocupação o que acontecerá com a inauguração do Sesi (…). Espero que seja dada uma alternativa, caso contrário o caos estará instituído”, alertou.
O vereador Léo Godói (PT) disse que os vereadores precisam dar resposta à população da região do Capuava e do Jardim São Marcos, que deverão ser beneficiadas com a obra. A mesma opinião teve o vereador Rodrigo Toloi (PDT). “A população está sofrendo bastante. As providências têm que ser tomadas o quanto antes, e com responsabilidade”, cobrou.
A construção de uma nova ponte não é tão simples, de acordo com o vereador dr. Moysés Abujadi (PSD). Ele explicou que as intervenções no Ribeirão Pinheiros necessitam de estudo de impacto ambiental, o que está sendo providenciado pela concessionária Rota das Bandeiras, responsável pelo serviço. Dr. Moysés ressaltou que o agravante é que há um adensamento populacional na região. “O problema que temos é que constroem-se o Sesi, apartamentos, e aumenta o adensamento populacional sem infraestrutura de trânsito”, disse.
O vereador Lorival Messias (PROS) também discutiu o assunto e afirmou que o correto era o governo anterior ter cobrado dos empreendedores contrapartidas para não saturar o trânsito. Ele afirmou ainda que o prefeito Clayton Machado (PSDB) está empenhado na reconstrução na ponte. “O atual prefeito, quando vereador, batalhou muito por essa ponte. Acredito que em breve ela será reconstruída”, finalizou.

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