VALINHOS: INASE pode deixar Valinhos?
Depois de muitas críticas e impasses, o Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase) pode finalmente deixar a administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de VALINHOS. Embora extra-oficialmente, as informações contam que dentro de alguns meses a instituição deve desistir de ser responsável por médicos, enfermeiros, material e pessoal em geral que trabalham na UPA.
Embora seja uma licitação, algumas fontes garantem que a próxima empresa a assumir o hospital pode ser a mesma administradora do Complexo Hospitalar Ouro Verde, a Organização Social Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
Em nota, a Prefeitura negou que haverá qualquer mudança na gerência da UPA, uma vez que o contrato assinado vem sendo cumprido por ambas as partes. Além disso, a nota lembra que a UPA VALINHOS é destaque em atendimento em todo País, tendo a excelência de seus serviços reconhecida pelo Ministério da Saúde.
Porém, assim como o Inase, a SPDM também já esteve envolvida em denúncias sobre improbidade administrativa. Uma delas diz respeito a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, onde a procuradora da República Adriana Scordamaglia pediu a devolução de R$ 31 milhões.
INASE EM VALINHOS
Desde que assumiu a administração da Unidade de Pronto Atendimento de VALINHOS o Inase tem causado polêmica na cidade. Já na época da escolha do Instituto como órgão gestor alguns representantes dos funcionários da área da Saúde foram contra, uma vez que, segundo eles, a Organização Social representava uma piora na condição trabalhista, já que não dava estabilidade aos futuro colaboradores.
Depois de inaugurada, nas semanas que seguiram, inúmeras reclamações sobre o atendimento se espalharam pelas redes sociais. Elas davam conta da falta de material e pessoal para realizar o atendimento dos pacientes. Algumas pessoas diziam demorar mais de 3 horas para serem atendidas.
Depois disso, dois casos de aborto ajudaram na desconfiança da população para com o Instituto. No primeiro uma jovem que estava grávida procurou atendimento na UPA, mas não ficou satisfeita com os exames pedidos pela equipe médica. Começou, então, uma peregrinação por hospitais da região, até que a paciente retornou à UPA, onde sofreu o aborto quando estava no banheiro.
No segundo caso, uma mulher disse que seu feto de sete semanas foi arrancado pelo médico que a atendeu na cama do consultório. Ela estava sentindo fortes dores abdominais e procurou atendimento na Unidade. Quando o médico a atendeu e foi fazer um exame de toque ela teve muito sangramento e disse ter sentido que o bebe fora abortado. O aborto foi confirmado em um exame posterior.
Nos últimos meses, porém, o período de adaptação parece ter sido suficiente para que as reclamações cessassem. Nas redes sociais é fácil encontrar valinhenses elogiando o atendimento que receberam.
Resta à população que torçam para que essa mudança não aconteça. Já que foi tão custoso chegar a um padrão aceitável de atendimento, os moradores não devem ter que passar por esse processo uma segunda vez.