VALINHOS: Morte de menina e cargo de Mayr são questionados em sessão

VAL_Camara VAL_Crédito Guilherme Ferragut (25)A sessão da Câmara de VALINHOS antes do carnaval, no último dia 10, foi mais uma vez marcada pela polaridade entre ‘situação’ e ‘oposição’. Mas a guerra de confetes e serpentinas parece que vai continuar pelo menos até o fim de 2016, tamanha quantidade de requerimentos feitos para administração de Clayton Machado.

Além de perguntar, os vereadores também aprovaram moções sobre melhorias no transporte público da cidade e contra as polêmicas medidas provisórias que o Governo Federal empurrou pela garganta de todos os trabalhadores.

Requerimento sobre Mayr

O vice-prefeito Luiz Mayr Neto foi alvo do requerimento 172/15, de autoria dos vereadores Giba (PDT), Léo Godói (PT), Orestes Previtale (SDD), Paulo Montero (SDD), Tunico (PMDB)e Israel Scupenaro (PMDB). Nele, os edis pedem que a Prefeitura explique a nomeação de Mayr como presidente do DAEV mesmo ele tendo suas contas rejeitadas pelo tribunal de Contas.

Mais que isso, o requerimento sugere que a nomeação também implica em responsabilidade para o prefeito Clayton Machado, uma vez que a lei foi infringida por ele ao nomear o colega de chapa. Resta esperar o tempo legal para que sabermos os argumentos da Prefeitura sobre o caso.

Comissão investigará morte de jovem

O presidente Toloi (PDT) nomeou na última sessão a Comissão Permanente de Higiene e Saúde cujos membros são os vereadores Scupenaro, Giba, Dinho, Moysés e Pedro Damiano.

Já de cara o vereador Scupenaro pediu que fossem abertas as investigações sobre o caso da morte de uma menina de oito anos por possível erro no atendimento das unidades de saúde da cidade. Giba acha que seria necessário, inclusive, a criação de uma CPI para apurar as falhas e os responsáveis. Confira informações sobre o caso no box ao final da matéria.

ACESA é tema de debate

A Associação Cultural Educacional Social e Assistencial (ACESA) de VALINHOS foi tema de debate entre os vereadores.

O primeiro a falar sobre a associação foi Tunico, que disse ter sido informado de que a ONG suspenderia suas atividades por falta de repasse de verbas da Prefeitura. O vereador Popó (PSDB) pediu para falar e sugeriu cuidado ao se tratar do tema, pois as implicações do caso eram um pouco mais profundas.

Em seguida foi Lorival (PROS) quem tratou do assunto, afirmando que houve cortes de verbas, mas a Prefeitura não deixará de atender os assistidos pela instituição. Outros vereadores também trataram do tema. Mas conforme disse Tunico em sua fala, o fato é que o atendimento não pode parar e a instituição se apresenta de portas abertas para auditorias e, caso o problema seja a ACESA, ela abre mão do atendimento para que outras ONGs possam atender seus alunos e pacientes.

Transporte público

Entre as moções aprovadas na noite de terça-feira, duas delas tratavam do transporte público valinhense. A primeira, de autoria do vereador Popó, pedia que a Rápido Luxo investisse em treinamento para os motoristas e funcionários que lidam com deficientes físicos. Segundo o vereador, são inúmeros os casos de despreparo da empresa ao lidar com cadeirantes e demais deficientes. Para piorar, ainda existem os casos de elevadores quebrados, o que impossibilita o acesso aos coletivos.

Na segunda moção sobre o tema, o vereador Edson Batista (PSDB) pede que o prefeito implante a cobrança através do ‘Bilhete Único’. Isso facilitaria a vida de quem pega ônibus, além de eliminar as grades que existem ao redor da rodoviária. Com a medida, espera-se que os valinhenses comecem a consumir mais no comércio local, uma vez que não teriam que pagar nova passagem para pegar o coletivo.

Outro tema de moção, de autoria de Lorival, tratava de uma campanha de conscientização dos munícipes com relação à conservação das calçadas. O tema foi amplamente discutido na sessão chegando a conclusão de que as melhorias nos passeios beneficiaram a todos e melhorariam em muito a vida de deficientes, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Por último, também de autoria de Lorival, foi discutida a moção de apoio aos presidentes da Câmara e do Senado para que rejeitem as medidas provisórias implantadas pelo Executivo Federal que tratam da redução dos direitos trabalhistas. Como ressaltou o autor da moção, esses direitos foram conquistados ao longo de muitos anos de luta e não podem ser retirados com uma simples “canetada”. O vereador Léo Godoi também considerou as medidas como um retrocesso.

As quatro moções foram aprovadas por unanimidade.

Em virtude do carnaval, a próxima sessão acontecerá no dia 24.

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