VALINHOS: Prefeitura intervém na UPA após investigação sobre o Inase

Segundo a Administração Municipal, medida é preventiva e compartilhada

Segundo a Administração Municipal, medida é preventiva e compartilhada

Desde o último dia 4, sexta-feira, a Prefeitura de VALINHOS está intervindo na administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A medida foi publicada na Imprensa Oficial depois de divulgadas as prisões relativas a uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga uma quadrilha que fraudava contratos de organizações sociais (OS) na área de saúde e meio ambiente. Entre as empresas averiguadas está o Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), que até então administrava a UPA. De acordo com as informações apuradas, a quadrilha usaria parte do dinheiro recebido das Prefeituras para pagar propinas. Ainda segundo a Polícia fluminense, de 5% a 10% destes contratos eram usados em propina, e 20% ficavam com a quadrilha.
Prefeitura está se precavendo
A FOLHA NOTÍCIAS entrou em contato com a Prefeitura para saber os motivos que levaram à intervenção. “A medida é preventiva e compartilhada, já que o Inase é o administrador da UPA. O Inase sofre investigação no Estado do Rio de Janeiro. Se porventura, por uma determinação judicial, o Inase venha a sofrer alguma medida judicial, a UPA de VALINHOS continuará a ter fornecedores, médicos e colaboradores pagos normalmente. Importante ressaltar que a medida é preventiva e compartilhada com o Inase, que até o presente momento, é apenas investigado pela Polícia Civil no Estado do Rio de Janeiro”, informou a Assessoria de Imprensa por e-mail.
No e-mail também foi garantido que a administração não sofrerá alterações. “Nada será alterado em termos de trabalho. Apenas os pagamentos de fornecedores, médicos e colaboradores contratados pelo Inase passam a ser feitos diretamente pela interventora”, assegura.
Com relação a uma possível quebra de contrato, a Prefeitura disse que não cogita a possibilidade. “Até a presente data não há motivos para a quebra de contrato, tendo em vista que o Inase presta um serviço de excelência à população na Unidade de Pronto Atendimento.”
Num esclarecimento final, a Administração Municipal diz que o trabalho do Inase na UPA continua o mesmo. “Nada mudou. O Inase continua atendendo e administrando normalmente. Porém, após a intervenção, a secretária de Saúde faz os trabalhos de forma preventiva e compartilhada, executando pagamentos diretamente aos fornecedores, médicos e colaboradores da Organização Social”, encerra.
Inase também se manifesta
Por nota à imprensa, a organização social Inase afirma não ter nenhuma relação com os crimes investigados. “Os nomes dos cidadãos citados nas reportagens não possuem nenhuma relação com o Inase. O processo de investigação citado na reportagem tramita na cidade de Teresópolis/RJ, município em que o Inase nunca participou de licitação ou qualquer outro tipo de processo de seleção para prestação de serviços. Quanto à intervenção, apesar de entender que citações divulgadas pela imprensa não podem ser suficientes para basear atitudes administrativas de tal esfera, o Inase manifesta total respeito à decisão tomada pela Prefeitura de VALINHOS e afirma que os serviços de excelência até hoje prestados na UPA não serão afetados”, conclui a nota.

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