VALINHOS: Toloi avalia positivamente sua liderança na Câmara
No final de 2015, para surpresa de muitos, Rodrigo Toloi (PDT), foi eleito presidente da Câmara de Vereadores de VALINHOS. Desde então, ele assumiu o cargo e vem mostrando que, ao contrário do que se pensava, mesmo sendo o mais jovem entre os parlamentares, conseguiu aprovar medidas importantes, como o vale-alimentação para os funcionários. Por outro lado, medidas menos simpáticas, como o corte de cargos comissionados, ainda devem ocorrer no segundo semestre.
Sobre esses e outros temas, Toloi recebeu a reportagem da FOLHA NOTÍCIAS em seu gabinete para uma entrevista.
FOLHA NOTÍCIAS (FN): Como o sr. avalia seus primeiros seis meses na presidência da Câmara?
Rodrigo Toloi (RT): A Câmara Municipal está renovada. Um presidente novo, com ideias novas. Houve mudanças e pra melhor. Cada presidente tem um modo de pensar. O nosso agradou aos funcionários e à população de VALINHOS. Tenho certeza de que diretores, funcionários efetivos e comissionados, estão todos contentes com a nossa administração. Vale dizer que o que nós pegamos foi praticamente uma bomba. Porque há anos que o Tribunal de Contas vem apontado irregularidades na Administração e ninguém tinha tomado nenhuma iniciativa. Com isso, no final de junho nós começamos a cortar cargos comissionados. E pra esse mês nós temos a previsão de mais cortes.
FN: Isso tudo pra enxugar a folha de pagamento?
RT: Exatamente. O Tribunal de Contas vem fazendo apontamentos desde 2009. Nós tínhamos 18% de cargos efetivos. Esse número tem que subir pra aproximadamente 60%.
FN: E há previsão para abertura de um concurso público?
RT: Estamos fazendo alguns ajustes na estrutura da Câmara. Se tudo der certo, ele será aberto em breve.
FN: Anteriormente, as portas internas da Câmara ficavam todas fechadas. Hoje, pode-se andar livremente pelos andares. Por que essa mudança?
RT: Aqui é a ‘casa do povo’. Se eu tiver medo de alguma coisa, para ter que ficar trancando as portas, eu não posso sair na rua. Hoje, eu saio e entro em qualquer lugar de cabeça erguida. Eu não fiz nenhum tipo de promessa e estou aí pra trabalhar junto com a população. Então, não tem motivo pra ter medo. Os corredores estão todos abertos, a Câmaestá aberta para toda a população de VALINHOS.
FN: Nesses seis meses, qual foi a maior dificuldade encontrada?
RT: Não tive nenhuma dificuldade como presidente. Eu estive dois anos como vereador, quando consegui ganhar um pouco de experiência. Digo que a Câmara de VALINHOS é uma miniprefeitura. Porque a responsabilidade é muito grande. Claro que são menos funcionários, mas a responsabilidade é muito grande.
FN: Como é presidir sessões nas quais os vereadores estão nitidamente divididos em oposição e situação?
RT: Eu sou presidente para todos os vereadores. Não estou nem de um lado, nem de outro. Eu tenho que corrigir e chamar a atenção de quem está passando dos limites. Nós temos um regimento interno e tenho que fazer com que os vereadores sigam esse regimento. Isso eu tenho cobrado bastante e vou cobrar até o final do meu mandato.
FN: Quanto à participação popular, a Câmara tem uma ideia de quantas pessoas assistem às sessões?
RT: Há pouco tempo, estávamos conversando sobre isso e cogitamos a possibilidade de lançar uma pesquisa para saber como está a ‘TV Câmara’. Eu digo que as pessoas estão cada vez menos vindo para assistir às sessões porque as sessões estão chegando até ela. Isso é uma coisa até desagradável, porque estando aqui, cobrando os vereadores, eu acho que é mais democrático. Porém, por outro lado, existe o conforto de estar em casa e conseguir acompanhar todos os debates do Legislativo. Andando pelos bairros, percebo que a população tem assistido. Onde eu vou, as pessoas dizem que vêem a sessão pela ‘TV Câmara’. Aparentemente, estamos chegando perto de 5% da população valinhense nos acompanhando pela TV. Mas só mesmo uma pesquisa para garantir esse número.
FN: E haverá alguma novidade com relação à TV?
RT: A partir do segundo semestre, as sessões também serão transmitidas pela ‘Vivo TV’, assim como já são televisionadas pela Net. Além disso, já estamos correndo atrás da concessão de TV que nos foi concedida em 2012. Daí em diante, teremos um canal aberto para toda a população assistir, com uma programação bem diversificada. Essa concessão estava toda parada, e nós resolvemos dar continuidade.
FN: Qual a diferença entre ser vereador e ser presidente?
RT: Não é que vereador não tenha responsabilidades, mas é diferente. Você é responsável pela Casa Legislativa. Todo dinheiro gasto, todo vazamento é de responsabilidade do presidente. Se você comprar uma caneta, é de responsabilidade do presidente. É você quem assina. Mas mesmo sendo o vereador mais jovem dessa legislatura, eu me considero muito responsável.
FN: Para fializar, quais as suas intenções políticas para 2016?
RT: É muito cedo pra dizer. Por enquanto, estou trabalhando na presidência da Câmara. Claro que todo vereador quer ser presidente da Câmara e tentar ser prefeito, mas ainda é muito cedo e todo trabalho que estou realizando é para ser candidato a vereador em 2016. E se lá na frente surgir a oportunidade de ser vice ou prefeito, por que não?