VALINHOS: Valinhos acumula 1,5 milhão de cartas atrasadas
O Centro de Triagem de Cartas (CTC) de VALINHOS tem cerca de 1,5 milhão de cartas atrasadas. Pelo menos é isso que afirma o SintectCas (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas e Região). Segundo o Sindicato, essa defasagem na entrega se deve a falta de dois mil funcionários.
Com um atraso de até duas semanas na entrega das correspondências, as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) somam 2,5 milhões de cartas que não chegaram aos seus destinos. Além dos 20 municípios da RMC, outros cinco próximos, Piracicaba, Atibaia, Bragança Paulista, Jundiaí e Campo Limpo, também foram atingidos pela deficiência nos serviços dos Correios. Em Santa Bárbara d’Oeste, os destinatários receberam as correspondências com até 15 dias de atraso, segundo o Sindicato.
Os municípios que mais sofrem com o atraso na entrega são Sumaré, que teria 200 mil cartas em atraso; Americana e Santa Bárbara d’Oeste, 100 mil cada; Hortolândia e Nova Odessa, 75 mil e 50 mil correspondências atrasadas, respectivamente. VINHEDO, VALINHOS e LOUVEIRA também estão sofrendo atraso nas correspondências em até uma semana. “Na triagem no CTC de VALINHOS as cartas demoram de um até cinco dias e já vão atrasadas para os municípios. Nas cidades, o atraso aumenta para mais quatro dias e por aí vai”, contabiliza o presidente do Sindicato, José Ivaldo da Silva.
A lentidão na triagem e distribuição causada pelo déficit de dois mil funcionários, na opinião de Silva, só será sanada com a contratação de 600 colaboradores para o CTC valinhense e 1,4 mil para outros municípios. “Desde 2011 não fazem um concurso para contratação de pessoal e estamos com o quadro muito defasado”, afirmou. Sem as contratações, carteiros e funcionários internos da triagem continuarão a fazer duas horas extras por dia e trabalhar aos sábados e domingos, o que estaria causando estresse e até faltas relacionadas à saúde dos populares ‘carteiros’. “Os carteiros começam a apresentar problemas psicológicos por sobrecarga de serviço e problemas que dão afastamento como lesões de joelho e coluna”, diz Silva.
Os Correios, por sua vez, reconhecem que faltam funcionários, mas apontam o impedimento para renovação do contrato como um dos motivos do caos instalado. Porém, para minimizar os problemas, a estatal afirma ter implantado um plano de contingência, com medidas como a redistribuição de carga, apoio de colaboradores de outras cidades e mutirões.
A empresa ainda afirma que um concurso público estará sendo aberto no primeiro semestre de 2015, e o déficit na região não passa de 468 profissionais. Com relação ao número de cartas paradas nas cidades e no CTC, os Correios não confirmaram as quantidades passadas pelo Sindicato para cada município prejudicado.

Cartas demoram até 15 dias para chegar ao seu destino