VALINHOS: Vereadores retiram projeto de ‘Auxílio Saúde’

Cerca de 500 servidores lotaram o plenário, o saguão, e os corredores da Câmara Municipal de VALINHOS dispostos a pressionar os vereadores para que tomassem uma posição definitiva com relação ao projeto do prefeito Clayton Machado que cria o ‘auxílio saúde’ em substituição ao Plano de Saúde do servidor municipal que até então era fornecido pela Unimed, mas que devido a um suposto erro no edital de licitação promoveu a vitória do grupo Hospital Bom Samaritano, sabidamente, segundo os servidores, sem condições de prestar uma assistência digna aos quase 6 mil servidores públicos de VALINHOS. Depois de intensa contestação por parte dos servidores, que querem a anulação do certame, ficou acertado que um novo projeto com as modificações encaminhadas por uma Comissão sob a orientação do advogado dos servidores seria enviado à Câmara Municipal na segunda-feira, 25, para análise e votação no dia seguinte, terça-feira, 26, durante a Sessão Ordinária. Mas na verdade os servidores não apresentaram nenhuma proposta porque na realidade a grande maioria não gostou do projeto do prefeito e queria a anulação do processo licitatório, o que foi amplamente apoiado pelos vereadores em sessão anterior.

SERVIDORES IRRITADOS

Ao ter início o processo de votação, os servidores mostravam crescente irritação com os edis que se abstinham de votar ou se mostravam indecisos na hora de expressar o seu voto, aplaudindo efusivamente aqueles que votavam contra o projeto do prefeito Claytom Machado. O vereador e médico Orestes Previtale (Solidariedade) afirmou que não concordava com a forma como foi colocado o projeto. “Na mensagem, a Prefeitura alega que o auxílio saúde já é praticado em outros lugares, mas a faixa salarial no Tribunal de Justiça, por exemplo, é muito superior à de VALINHOS. A comparação é, no mínimo, equivocada”, garante. O vereador Léo Godói (PT) considerou a situação complicada. “O funcionário ainda tem muitas dúvidas. Nem nós vereadores conseguimos chegar a um consenso para apresentar emendas”.

SEM SEGURANÇA

Para o vereador Tunico (PMDB), a votação do projeto acontecia em cima da hora. “A Prefeitura deveria prever o fim do contrato com a Unimed. Não estou seguro com o projeto. Todos os benefícios deveriam ser mantidos ou, se possível, melhorados”, opina. O vereador César Rocha (PV) afirmou que não poderia decidir a vida de mais de 5 mil pessoas. “Não estou seguro para votar, quero andar nas ruas da minha cidade de cabeça erguida”. A opinião do vereador foi compartilhada pelo líder da bancada do PV, vereador Henrique Conti.
O líder do Governo, vereador Rodrigo Popó (PSDB), começou o seu discurso dizendo que os funcionários são o maior patrimônio do município, mas foi rechaçado pelos trabalhadores que não aceitavam as justificativas apresentadas por Popó a favor do projeto. E quando tudo seguia para uma derrota da proposta, e como não havia consenso, nem segurança para a votação, Rodrigo Popó pediu a retirada do projeto o que foi aceito por todos os vereadores, deixando os servidores perplexos e com uma sensação ‘estranha’ de que foram traídos pelos vereadores nos quais apostaram os seus votos certos de que seriam defendidos em seus interesses até a última instância. Diante das dúvidas dos vereadores, ele achou melhor solicitar a retirada do projeto.

ENCONTRO COM O PREFEITO

Ainda aturdidos com desfecho da votação do projeto, os servidores decidiram realizar uma reunião nos próximos dias para tentar um encontro com o prefeito no sentido de terem os seus direitos assegurados com a realização de um novo processo licitatório com a anulação do atual e de que mudanças no projeto de auxílio saúde fossem apresentadas pelo proponente, no caso, a Prefeitura de VALINHOS.

AUXÍLIO SAÚDE

O auxílio saúde foi a saída encontrada pelo prefeito Clayton Machado (PSDB) para resolver o problema envolvendo a concessão de plano de saúde dos funcionários da Prefeitura. Pregão realizado no mês passado teve como vencedoras, em primeiro e segundo lugares, empresas que deixaram os servidores descontentes. Até então, era a Unimed que prestava os serviços de convênio médico.

ESPAÇO LIVRE

Dezenas de moradores do Bairro Country Club acompanharam a apresentação da presidente da Associação de Moradores do bairro Country Club, Maria Anézia Pereira Agiroli, que usou o Espaço Livre na sessão de terça-feira, 26 para pedir respeito à Lei de Zoneamento do município. Maria Anézia esclareceu que a preocupação dos moradores é com relação à instalação de indústrias e estabelecimentos comerciais no Country Club, apresentando aos vereadores e ao público fotos de ruas do bairro onde não deveria haver indústrias.

GANSO PAGA O PATO

Onze vereadores votam a favor da crueldade contra o ganso. Proibição foi derrotada, mas não será o fim da luta pelo fim da produção do patê de fígado de ganso, em VALINHOS. Segundo o vereador César Rocha, defensor da causa animal, uma Ação Civil Pública será levada ao Ministério Público para impedir que as atrocidades com os gansos continuem a ser praticadas em VALINHOS, que possui uma fábrica de Foie Gras.

 

Defensores dos animais

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