VINHEDO: Adjuntos e prefeito de Louveira dominam a sessão da Câmara de Vinhedo

Foi no mínimo conturbada a 69ª sessão ordinária de segunda-feira, 8, na Câmara Municipal de VINHEDO. ‘Situação’ e ‘oposição’ literalmente se engalfinharam por causa da extinção por parte da Justiça de uma Ação de Improbidade Administrativa contra os vereadores da 15ª Legislatura (2009 – 2012), Adriano Corazzari, Ana Genezzini, Rubens Nunes, Luis Carlos Paffaro, Geraldo Frois, Donizete Lopes, Izael Viel, Junior Vendemiatti, e Márcio Melle que foi requerida pelo Ministério Público (MP) a partir de uma Representação assinada pelos vereadores Rodrigo Paixão e Valdir Barreto, ambos do Psol, Marta Leão (PSD) e Edu Gelmi (PMDB).

TRAIÇÃO COVARDE

O objetivo era cassar os vereadores da ‘situação’. O motivo, a vingança da ‘oposição’, que também ‘quase’ foi cassada. Quando os citados ‘oposicionistas’ denunciaram supostas irregularidades no Projeto de Lei 54, de 25 de outubro de 2012, que versa sobre a fixação dos subsídios dos Secretários Adjuntos, sabiam que os seus colegas seriam acusados de improbidade, o que não permitiria a votação dos mesmos para a Mesa Diretora. Mas a trama da oposição não deu certo, porque até nisso se mostra incompetente.
E a consequente Ação Civil Pública agora foi julgada improcedente e extinta pelo juiz Fábio Marcelo Holanda, da 1ª Vara Cível de VINHEDO para alívio dos acusados que passaram quase dois anos tendo o nome enxovalhado por causa da irresponsabilidade de seus colegas que, sem provas concretas, levianamente acionaram o Ministério Público sabendo que seria aberto um inquérito através de uma Ação por Improbidade Administrativa contra os situacionistas.
Mas na sentença proferida, o referido juiz Fábio Marcelo Holanda entende que “se é fato que existiam indícios da improbidade que justificavam o recebimento da ação, não há provas convincentes da existência do elemento subjetivo característico do ato de improbidade”.
E acrescenta: “Em consequência não se pode excluir a possibilidade dos senhores vereadores terem apenas se equivocado quanto a interpretação do direito. Diante disso e por considerar que o autor não comprovou a existência de má-fé, ou seja, do dolo exigido para a tipificação do ato de improbidade, que exige conduta comissiva ou omissiva dolosa, não há evidências convincentes de que os senhores vereadores agiram por outros interesses que não aqueles relacionados ao cumprimento de seus deveres”.

LEGALISMO E SERVILISMO

Portanto, fica bem claro que para extinguir o processo o Dr. Fabio Marcelo de Holanda refere-se à “falta de provas para a existência de má-fé, dolo, e que os vereadores agiram por interesses que não aqueles relacionados ao cumprimento de seus deveres”. E só em outro momento cita a revogação da Lei Municipal nº 3.538/2012 como necessária para emitir o seu julgamento.
No entanto, os vereadores Valdir Barreto, Rodrigo Paixão e Marta Leão ao serem questionados por suas vítimas, preferiram o caminho largo e fácil da covardia e do papo-furado ao afirmarem que não foram eles, e sim o Ministério Público quem processou os seus, até então, ‘colegas’ vereadores da ‘situação’.
E para tornar ainda mais caricata a sua ‘defesa’, os ‘oposicionistas’, de forma extremamente legalista, brandiram um sem números de leis atrás das quais se esconderam para tentar justificar o injustificável, o complô tramado nas catacumbas das fábricas de um conhecido ex-prefeito para se vingar dos vereadores que supostamente foram eleitos com apoio desse famigerado político, mas depois se bandearam para o lado de seu arqui-rival Miltom Serafim.

DESLEAL E CRUEL

Sobre a questão, a vereadora Ana Genezini (PTB) mostrou toda a sua indignação com a atitude desleal de seus ‘colegas’:“Sofremos uma representação e, como se não bastasse, tão logo essa representação deu entrada no Ministério Público, o qual no seu papel de investigação e fiscalização acatou a representação, o vereador Valdir Barreto, de formar cruel e irresponsável, saiu às redes sociais dizendo que os vereadores desta Casa estavam sendo investigados e processados por improbidade administrava”.
“Várias vezes, ele usou o microfone da Casa para dizer que os vereadores que compõem esta mesa diretiva não eram dignos de estarem aqui por serem investigados. É triste ver este capítulo da política vinhedense. Infelizmente, existem alguns que gostam de judicializar a política vinhedense. Passados quase dois anos, fomos inocentados, porém, e o prejuízo moral que sofremos? Quem irá ressarcir as dúvidas que lançaram sobre a nossa honradez?”, questiona.
“Nós nunca colocamos ‘nariz de palhaço’ para nos promover, sempre agimos com boa fé no exercício dos nossos mandatos. Eu tinha plena convicção da improcedência desta Ação, contudo, não posso deixar de expressar a minha pena para com aqueles que para se promoverem, precisam caluniar”, dispara.

ACUSAÇÕES SEM PROVAS

Também o Presidente da Casa, vereador Rubens Nunes (PR) mostrou-se profundamente indignado com a atitude desleal de seus pares ‘oposicionistas. Rubens Nunes também afirmou ter sempre aguardado por uma posição favorável da Justiça com toda tranquilidade. “Como é gostoso poder entrar na Câmara de cara limpa, sem ‘nariz de palhaço’, porque temos uma história séria na cidade de VINHEDO. O tempo diz a verdade, nenhuma roseira nasce dando flores. Alguns estragos que foram feitos talvez não sejam corrigidos de imediato, mas serão com o tempo. Eu sou humano e passível de erro, se eu errar, tenham certeza que terei a humildade de vir aqui neste microfone pedir perdão”, garante.
“E vou responder ao senhor Valdir Barreto, que questionou a atual presidência desta Casa na semana passada. Eu digo que tenho administrado essa Casa da melhor maneira que posso, administro a receita com a mesma seriedade que administro a da minha própria casa, porque o dinheiro da Câmara não é seu e nem meu, é do povo de VINHEDO, tem que ter respeito com ele. E nem faço como a vereadora Marta Leão, que além de assinar a representação contra nós, colocou o nome do meu filho nas redes sociais acusando-o, mais uma vez sem provas, de fazer parte de um grupo políticos que trama contra a ‘oposição’ em VINHEDO”.

PREFEITO DE LOUVEIRA

O vereador Márcio Melle (PSB) também comentou a decisão da Justiça. “Somos vitoriosos, apesar de pessoas tentarem denegrir e prejudicar a nossa imagem, como é de praxe de alguns vereadores, que no microfone e não assumem o que fazem ou falam, que a representação não é deles. Chega de demagogia, de gente que só fala e não mostra trabalho, não traz beneficio à população. A oposição é contra a imprensa que publica suas irregularidades, mas tem imprensa que serve ao que a oposição quer e aí os opositores não falam contra”, constata.
Márcio também mencionou o prefeito de LOUVEIRA, Júnior Finamore (PTB) quanto à demora para fazer funcionar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), assim como a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) do município vizinho que lança esgoto ‘in natura’ (sem tratamento) no rio Capivari que abastece VINHEDO colocando os vinhedenses em situação de alto risco.
“O prefeito de LOUVEIRA não faz a lição de casa, então tem que pedir licença e ir embora porque se não consegue fazer o tratamento de esgoto funcionar melhor pedir para sair. Conversei com o presidente da Câmara, Estanislau Steck em Americana. Apesar de fazer inúmeros elogios à cidade eu disse para ele que apesar de bonita, LOUVEIRA não tem tratamento de esgoto, e que isso está prejudicando a população de VINHEDO”, afirma Márcio Melle.

FOGO NA CASA

O vereador Edu Gelmi (PMDB) mostrou cenas de um incêndio em sua residência, mas não sabe se foi criminoso, apesar de terem visto duas pessoas estranhas próximas à sua casa. “Quero agradecer ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil pela presteza no atendimento demorando muito pouco tempo para atender à ocorrência. Ele credita o incêndio ao fato de estarem acontecendo incêndios em vários locais de VINHEDO por causa do clima seco e da prática de queimadas. Edu Gelmi destacou a reunião inédita que aconteceu na Câmara sobre a situação da Fazenda Cachoeira.
“Foi uma reunião muito produtiva, compareceram a Elo Ambiental, o Condema, o Ministério Público, o Poder Legislativo, com a presença do presidente, vereador Rubens Nunes, o poder Executivo, com a presença do secretário de Governo, Eliazar Ceccon e o novo secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Gil Lorenzon.

FAZENDA CACHOEIRA

“A Fazenda Cachoeira é uma propriedade privada que privou o o vinhedense de fazer suas caminhadas. Fizemos alguns ofícios à Municipalidade para saber se existe interesse pela compra da área, e a Prefeitura respondeu que sim, que tem interesse em comprar a Fazenda Cachoeira, mas que no momento não tem recurso financeiro para isso”, revela.
“Pedimos também que se fizesse a avaliação da área da fazenda que ficou estimada em vinte milhões de reais. Como diz que não possui tal verba, o Executivo pode buscar recursos na área Federal, nos ministérios, na Agência Nacional da Água (ANA). Enquanto isso a empresa proprietária da Fazenda precisa fazer uma restauração para manter a casa sede em pé”, avalia.
“A boa notícia é que a empresa proprietária contratou a ONG Elo Ambiental para fazer um diagnóstico total da área da Fazenda Cachoeira”, revela Edu Gelmi.

DROGA NAS RAVES

O vereador Hamilton Port (PROS), deitou falação sobre os problemas encontrados na SEMURB. “Estou abrindo as entranhas da SEMURB, arrombei a caixa preta daquela secretaria que revelou absurdos que se arrastam há quinze anos porque falta vontade política do Chefe do Executivo.”
“Quero parabenizar a Guarda Municipal e ao secretário Toninho Falsarella pelo trabalho muito bom que tem desenvolvido em VINHEDO. E chamo atenção para os bailes raves que a Guarda tem evitado porque são motivo para propagação de drogas”, garante.
Port comentou que está no seu primeiro e último mandato, e que pretende deixar a política de cabeça erguida e com a consciência do dever cumprido.

QUEDA DO ICMS

A queda na arrecadação do ICMS na Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi o destaque de Nil Ramos (PROS). “Estava lendo na semana passada o jornal Correio Popular, que elencou as 14 cidades que sofreram a redução dos repasses. VINHEDO é uma destas cidades e que teve déficit de nove milhões de reais. Não é fácil esta diminuição na arrecadação do município, estamos passando por um momento de crise, não somente na RMC mas em todo Brasil”.

MOÇÕES & INDICAÇÕES

Foram aprovadas oito Moções: Congratulação à empresa Jacto Limpadora, pelos 25 anos de serviços prestados, Congratulações ao prefeito Jaime Cruz pela iniciativa de celebração do convênio “Programa Atleta do Futuro”, Aplausos ao Colégio Novo Anglo pela Mostra Cultural “Encanto dos Contos e Cantos”, Aplausos à Marta Elisa, provedora da Santa Casa de VINHEDO e Dr. Cácio Cristóvão da Rocha, Dr. Luis Alberto Martini Miguel e Dr. Omar Ahmad Abbas pelos serviços prestados à Santa Casa de VINHEDO nos últimos anos e Pesar à família de Francisca Alves Mariano.

 

Ana Genezini, Rubens Nunes e Márcio Melle foram vítimas de um complô por vingança e ambição de poder

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