VINHEDO: Água e Upa continuam como tema da Câmara
Estava tudo pronto para mais uma etapa entre a descolada ‘claque’ da ‘oposição’, que agora passou a frequentar a Câmara para aplaudir ‘seus’ vereadores e vaiar a ‘situação’. Organizada, a ‘claque’ oposicionista se posicionou silenciosamente entre representantes de entidades sociais, sindicalistas dos químicos, servidores sindicalizados, palpiteiros contumazes e curiosos em geral que formaram o público presente na 31º sessão ordinária realizada na segunda-feira, 2, na Câmara Municipal de VINHEDO.
CÂMARA SEM TERRA
Mas os ataques começaram cedo, e de forma surpreendente, com o vereador Marcos Ferraz (PSD) comentando os altos gastos com a saúde, e a possível construção de um novo prédio da Câmara de VINHEDO. Ele criticou o projeto do vereador Nil Ramos (PSDB) para a cessão do terreno atrás do Terminal Rodoviário, no Centro da cidade, para a construção de uma nova Câmara Municipal, já que a atual não vem comportando a presença de público nas sessões e em outras atividades da Casa de Leis. “Não é o momento para a construção da nova Câmara, apesar da necessidade. Mas estamos em crise. Acredito que no prazo de cinco anos possa ser construída”, opina Marcos Ferraz.
TERRA SOCIAL
Por outro lado, Marcos também comentou a aprovação de projeto para a concessão de terrenos a instituições sociais. “Hoje autorizamos a concessão de uso de área municipal a duas instituições sociais que realizam trabalhos de extrema importância em nosso município. O trabalho da SOS Esperança e Vida, que ajuda na reabilitação de usuários de drogas, é de grande importância na preservação da segurança e da saúde de nossa cidade, e portanto merece todo o apoio. Já o Centro Espírita Fraternidade Luiz Sérgio realiza uma séria de trabalhos de assistência à população”.
Logo depois a vereadora Flávia Bitar (PDT) opinou sobre a aprovação de dois projetos para concessão de direito real de uso de área da Prefeitura para a Associação para Prevenção e Recuperação Humana SOS Esperança e Vida (PL nº 42/2017), e para o Centro Espírita Kardecista Fraternidade Luiz Sérgio (PL nº 43/20170). E convidou a população a prestigiar o jantar em celebração aos 20 anos da SOS Esperança e Vida. “No dia 20 de outubro teremos o jantar de 20 anos da instituição, que custará R$ 75,00 por pessoa, com bebida e sobremesa. O dinheiro arrecadado será utilizado para iniciar a obra da nova sede da instituição no terreno que foi concedido pela Prefeitura com a aprovação do projeto de Lei na noite de hoje”.
SEM COMANDO
Mas quando, a seguir, o vereador Edu Gelmi iniciou sua fala comentando que o prefeito anunciou nas redes sociais que buscava junto ao Ministério da Saúde trazer uma UPA para a Capela, e em contrapartida acusou os vereadores de sensacionalismo e de usar a questão da UPA e da Policlínica como palanque político. “Quando o prefeito cita vereadores eu me incluo, pois lutei e luto pelo não fechamento da UPA e da Policlínica. Sensacionalista é o prefeito que anuncia de uma única vez o fechamento do atendimento noturno dos dois dos principais pronto atendimentos da cidade. O prefeito não tem comando nem comandados, pois hoje anuncia algo e amanha volta atrás. Por isso nossa cidade vive um caos”.
CONSELHO EXPLICA
Então houve a apresentação do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Francisco de Assis Albino, que ocupou o microfone da Câmara para responder publicamente às perguntas da imprensa sobre ações do Conselho. “Questionaram o motivo da mudança do horário das reuniões, porém apontaram um horário em que nunca tivemos reuniões. Os horários das reuniões são definidos em plenário, e atualmente ocorrem às 8 da manhã. Com relação a nossa pauta, também não houve qualquer mudança, uma vez que podem ser propositivas ou de referendo. A pauta que tratou da questão da UPA e da Policlínica foi referendada. O conselho foi contra a decisão da Prefeitura, até porque nossa proposta era para a construção de mais uma UPA e de um novo pronto atendimento na Capela”, afirmou.
FESTA NA OPOSIÇÃO
Mas quando o vereador Edson PC (PDT), e logo depois o seu colega de partido, Sandro Rebecca, ocuparam o microfone, a ‘claque’ voltou a atuar com a mesma fúria de antes, mas para fazer festa aos seus vereadores. Edson PC criticou as respostas da Prefeitura a requerimentos de sua autoria. “Em um requerimento pedi o repasse detalhado das horas extras registradas em serviços gerais, e recebi como resposta o montante total de horas extras no ano e o salário de cada funcionário, e não quanto cada funcionário recebeu a título de horas extras. Ora, isso não responde ao meu requerimento. Reiterei esse e outros requerimentos, e se não obtiver resposta terei que acionar a mesa diretiva da Câmara para que faça cumprir a lei”. Já Sandro Rebecca parabenizou a Paróquia Santanna pela realização de um jantar beneficente. “Parabenizo a paróquia pelo evento Noite da Polenta, que reuniu famílias e conseguiu arrecadar verba para sua causa. Sabemos que é muito difícil arrecadar dinheiro para questões sociais, e eventos como esse são fundamentais para a arrecadação”.
ÁGUA ROUBADA?
A festiva ‘claque’ deu um tempo durante o pronunciamento do vereador Rubens Nunes (PMDB) comentando sobre a tentativa do Departamento de Água e Esgoto de VALINHOS (DAEV) em captar água no Residencial Chácaras do Lago, em VINHEDO. “Todos nós entendemos as dificuldades para se manter o abastecimento da cidade nesse período de seca, porém, não podemos deixar que Vinhedo perca um ponto importante de captação de água para a cidade vizinha sem antes termos a certeza de que realmente VALINHOS tem outorga para captação de água em terra vinhedense. A Sanebavi não sabia da ação do DAEV, que não apresentou a devida autorização quando estivemos no local para impedir a retirada de água”.
TERCEIRIZAÇÃO
Mas a ‘claque’ voltou a ‘delirar’ durante o pronunciamento do vereador Rodrigo Paixão (REDE) que abordou a demissão de 138 trabalhadores da Unilever para colocar em prática o seu plano de terceirizar todo o setor de logística, o setor de processos e demitir os trabalhadores na função H2. “ Essa política está sendo implantada no país, e em escala menor no “principado de VINHEDO””, item a item, exagera o oposicionista. Para chamar atenção sobre o problema das demissões na Unilever, esteve presente à sessão, e portando uma enorme faixa, o Sindicato dos Químicos de VINHEDO.
Rodrigo também abordou a falta de água em VINHEDO. “É nítida a escassez de água em nosso município, e além disso tivemos o agravante do uso de produtos químicos vencidos no tratamento. Em resposta ao meu requerimento sobre o assunto tivemos informações conflitantes, e insisto que a Sanebavi divulgue em seu site dados de interesse público. A construção da ETA do São Joaquim virou um elefante branco, pois foi totalmente mal planejada, e a Sanebavi não sabe responder como farão para captar água quando o Rio Capivari estiver sem vazão”, disparou.
OUTUBRO ROSA
Por sua vez, o vereador Paulinho Palmeira (PV) enfatizou a importância do Outubro Rosa. “Precisamos levantar constantemente o tema da prevenção do câncer de mama, e agora estamos no mês de conscientização sobre o tema, por meio da campanha Outubro Rosa”. Paulinho se mostrou preocupado com o pagamento do 13º por parte da Prefeitura de VINHEDO. “O 13º precisa ser pago porque o trabalhador, do serviço público e do privado, não pode ser prejudicado”.
PROJETOS
A Câmara aprovou por unanimidade nessa segunda-feira, 02 o projeto de Lei nº 44/2017, que autoriza a instituição no município da PAISAGEM, uma feira de exposições troca e venda de produções gráficas e publicações independentes, como livros, editoriais, posteres, zines e outros. O evento passará a ser realizado anualmente, no último final de semana de julho.
Antes de votar o projeto os vereadores aprovaram uma emenda modificativa, que apenas reforçou os propósitos da feira já no art. 1º do projeto. Foi também aprovado projeto que autoriza ao município celebrar convênio com a União objetivando o recebimento de recursos para a aquisição de equipamentos e materiais para as unidades de saúde de VINHEDO (PL nº 48/2017); e outro que torna obrigatória a publicação anual, por parte da Prefeitura, das multas aplicadas por infração de trânsito de competência do município (PL nº 49/2017).