VINHEDO: Apabex completa 32 anos promovendo a pessoa com deficiência

A Apabex – Associação de pais banespianos de excepcionais- completa 32 anos em VINHEDO, no exercício de sua missão que é acolher, cuidar e incluir socialmente pessoas com deficiência intelectual por meio de ações de inserção no mercado de trabalho, convivência social, apoio familiar e suporte ao envelhecimento, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do idoso deficiente.
A reportagem da FOLHA NOTÍCIAS esteve conversando com a coordenadora técnica Ivete Neves Sbragia que contou um pouco da história da instituição. Segundo Ivete, a Apabex foi fundada em 15 de agosto de 1991 por antigos funcionários do Banespa, pais de excepcionais, com o objetivo de atender o Brasil inteiro.

Esses pais se juntaram e criaram uma associação, a princípio para atender aos filhos de trabalhadores do Banco Banespa em São Paulo e depois no país inteiro através das agências do banco. O suporte era dado à distância às famílias residentes em outros municípios e estados. Diferente da Apae, que tem unidades nos estados, a Apabex funcionava de maneira centralizada dando apoio às diferentes necessidades de municípios em outras regiões. Para tanto foi criada a sede em São Paulo, que existe até hoje funcionando, uma unidade em Campinas, que está desativada, e a unidade de VINHEDO, que atende pessoas em dois programas diferentes, o Espaço de Convivência, e as Casas de Moradia”, explica Ivete Neves.

CONVÊNIO
Segundo Ivete, em VINHEDO os associados conseguiram comprar a gleba onde foram construídas várias casas para moradia destinadas a pessoas que não tem mais família ou estão muito envelhecidas e que são sustentadas integralmente pela Apabex. “Para pessoas adultas idosas que moram com suas famílias nós temos o programa Espaço de Convivência, vinculado à secretaria de Assistência Social do Município, que funciona das 8 às 16h em período integral visando proporcionar qualidade de vida a adultos com deficiência intelectual”, afirma.

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
Todo o processo de apropriação desse público é muito lento, e às vezes não acontece, então a pessoa vai ficando muito tempo na instituição até que em determinada idade não vai ter mais possibilidade de adquirir algum conteúdo. Aqui nós desenvolvemos várias atividades no Espaço de Convivência com as pessoas atendidas, a exemplo de teatro, dança, oficinas e outras atividades como artes plásticas e escrita. Esse público chega pela manhã, fazem

Cozinha, lavanderia e salas de apoio fazem parte do prédio

as refeições aqui e no final do dia voltam para as suas casas”, informa Ivete.

MORADIAS
Agora atendemos 30 pessoas no Espaço de Convivência  e temos 29 moradores. São 5 casas com essa finalidade, e para 8 pessoas no máximo. Quando chegam fazemos uma avaliação porque queremos que sejam o mais autônomo independente possível em um ambiente o mais próximo de sua casa. Todos se alimentam no local. Nas outras casas funciona o refeitório, lavanderia, apoio técnico, galpão para Espaço de Convivência onde são realizadas atividades lúdicas e prazerosas de modo que o ambiente ajude a pessoa a ser mais interativa. Temos também várias atividades externas como ir ao shopping, visita a museus, teatro, cinema, ir ao supermercado fazer compras, aos parques, lanchonetes, espaços culturais, e praticam capoeira, dança do ventre, etc.”, revela a coordenadora.

VISÃO
Mesmo assim, ainda causa muita dor às famílias a existência de pessoas com deficiência, gera uma preocupação muito grande quanto ao lidar com os excepcionais. “Mas a ciência tem avançado muito no tratamento dessas pessoas. Portanto, estamos conseguindo transformar a visão da sociedade com relação ao excepcional. E as famílias também começam a ajudar aceitando com mais facilidade a existência do excepcional no seio das mesmas”, acredita Ivete.

RECURSOS
Quanto aos recursos para a manutenção da unidade de VINHEDO, Ivete Neves esclarece que a Apabex é mantida através de doações de seus mais de dez mil sócios espalhados pelo país. “Esses recursos doados são abatidos diretamente na folha de pagamento do aposentado ou de outro doador qualquer. Temos há dois anos apenas um convênio com o Município que está sendo testado”.

MAIS VIDA
Para a coordenadora técnica da Apabex, era muito difícil se ouvir falar de deficiente idoso. Muitos conseguem chegar aos 50 anos. “E temos aqui uma pessoa com 80 anos de idade. Também estamos acompanhando os estudos em torno do envelhecimento da pessoa com deficiência. E queremos nos tornar uma referência com relação ao deficiente idoso. Esse é o desafio da Apabex“, finaliza.

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