VINHEDO: Associação Italiana Vinhedense discute projetos com prefeito Jaime Cruz

No final da tarde de segunda-feira, dia 20, o prefeito Jaime Cruz recebeu em seu gabinete a visita de diversos representantes da Associação Italiana Vinhedense (AIVI). Na pauta do encontro, vários temas relativos à entidade e seu compromisso com a sociedade vinhedense, em especial à comunidade de origem italiana. O prefeito Jaime Cruz enalteceu o trabalho da entidade, que tem 115 anos de história. “Uma árvore sem raiz ela cai. Uma nova geração que não preserva suas raízes perde a sua identidade. Vocês representam um povo que aqui veio para trabalhar, contribuir e ajudar a construir o nosso progresso”, destacou. Durante a visita, o prefeito Jaime Cruz foi convidado para participar da confraternização de final de ano da Associação Italiana Vinhedense, que ocorre no próximo dia 3. O convite foi entregue por Julliano Gasparini, presidente da Associação.

Dentre os assuntos destacados no encontro estão a possibilidade de formalização para que VINHEDO se torne coirmã de alguma cidade italiana, possibilitando a troca de experiências, o intercâmbio cultural, estudantil e profissional, e até mesmo a vinda de empresas para o município, bem como o trabalho de assessoria para a obtenção de cidadania italiana e também a possível utilização do Memorial do Imigrante de VINHEDO, novamente como museu, através de materiais e peças antigas doados pela AIVI.

HISTÓRIA

A Associação Italiana Vinhedense completou 115 anos de fundação no dia 25 de junho. Ao longo de sua história, teve participação ativa no desenvolvimento da cidade, reunindo famílias que, vindas da Itália, criaram uma tradição ítalobrasileira que permaneceria ao longo dos tempos. A Festa da Uva é um dos exemplos dessa influência.

A primeira diretoria era composta por Ricardo Bragheto, Alfredo Cinci, Giovane Corazzari, Giriliano Graciani e Giuzeppe Graciani. Assim como esses nomes, outros integrantes da ‘Sociedade’ marcaram a história vinhedense com seu trabalho: os Amato, Braghetto, Biaggiolli, Tramontano, Mingarelli, Boscatti, Cadorin, Gasparini, Brunelli, Savian, Trocatti, Gallo, Pescarini, Rosso, Bacetti, Canella, Favrin, Ferragut, Bracalentti, Piatto, Barbosa, Cain, Infanger, Tasca, Pisoni, Raimundo, Biancalana, Fattor, Tegani, Zechin, Gallo, Imperato, Paffaro, França, Cônsolo, Valio e muitos outros.

Os imigrantes italianos que chegaram a VINHEDO a partir de 1880, vindos principalmente de Napoli, Trieste, Veneza e Padova, repetiram o que fizeram os imigrantes que se dirigiram a outras regiões: agruparam-se em sociedades de ajuda mútua para viver em um “mundo novo” e precisavam estar perto uns dos outros para resolverem seus problemas juntos. VINHEDO ainda se chamava Rocinha e pertencia a Jundiaí quando, em 1902, surgiria a Società Italiana di Mutuo Soccorso Regina Margherita, organizada com base em estatuto trazido da Itália. O objetivo, por força estatutária, era prestar benefícios, como assistência médica, oferecer remédios e toda ajuda possível aos imigrantes com menos sorte, principalmente aos que estavam desempregados.

Parte da primeira bandeira da Società, e até mesmo a ata de fundação em 25 de junho de 1902 são conservadas até hoje na sede da entidade. No início da II Guerra, em 1939, a antiga ‘sociedade’ se dissolveu, passando a chamar-se Sociedade Nacional Beneficente União Rocinhense. Em 1954, a entidade ganha o nome de Sociedade Beneficente Vinhedense e, em 1998, Associação Italiana Vinhedense. Em 2010, em 6 de julho, é sancionada a Lei de número 3.364 (de autoria do então vereador Junior Vendemiatti), que declara a associação de Utilidade Pública ao município de VINHEDO.

468 ad