VINHEDO: Câmara aprova adicional aos agentes de Trânsito e vereador PC faz revelação: “frequento balada gay sim, e daí?”
A sessão da Câmara de VINHEDO foi tranquila na última segunda-feira (24), após a aprovação por unanimidade do projeto de Lei Complementar nº 04/2019, que institui o adicional de periculosidade aos agentes de trânsito do município. Ao encaminhar a votação, Carlos Florentino (PV), declarou seu apoio à propositura. “Concordo plenamente com a instituição de adicional de periculosidade aos agentes de trânsito. Nós sabemos que o salário dos agentes de nosso município é baixíssimo, e o adicional é um meio de compensar o trabalho que eles têm desenvolvido em nossa cidade. Sabemos dos riscos que estão sujeitos os agentes de trânsito, tanto é que no Congresso já cogitaram até a possibilidade de portarem armas, portanto, nada mais justo esse adicional”.
De mesmo modo, Marcos Ferraz (PSD) também se declarou favorável ao projeto. “De fato é necessário, justo e merecido esse adicional. Já tivemos casos, em outras cidades, em que agentes de trânsito foram agredidos e até assassinados durante o exercício de sua profissão. Em Vinhedo temos apenas dois profissionais na área, e que sabemos, trabalham muito. Além do adicional, assim que possível, a Prefeitura precisa abrir novo concurso público para contratação de novos profissionais, cujo trabalho é fundamental para o adequado funcionamento do trânsito de nossa cidade”.Na noite ainda foi aprovado por unanimidade o projeto de Lei Ordinária nº 27/2019, de autoria de Carlos Florentino (PV), que torna obrigatório às empresas prestadoras de serviços à municipalidade disponibilizar banheiros químicos e local de apoio aos seus funcionários, quando realizando serviços externos; e o projeto de Lei Ordinária nº 28/2019, que denomina como Parque Ecológico da Capela a área institucional localizada na Rua João Edueta na região da Capela.
CONDENAÇÃO DE MARCOS E BALADA GAY
Mas foi na parte da explicação pessoal que tudo mudou, e de repente, o clima esquentou e surgiram contra ataques e uma revelação. Tudo começou na fala do vereador Edson PC (PDT), que retrucou o discurso de Marquinhos Ferraz (PSD) em sessão anterior, sobre duras críticas à algumas autoridades (sem especificar nomes), supostamente vereadores, que fazem doações e filantropia com ‘segundas intenções’, no caso, interesses políticos. “Tem muitos que fazem grandes eventos, inventam todo tipo de doação, para depois se mostrar e colocar nas redes sociais. Acredito quem quer ajudar o próximo, faz por amor, sem querer aparecer, pois ‘o que a mão direita faz a esquerda não precisa saber'”. afirmou o vereador Marquinhos, na ocasião. PC assumiu a ‘bronca’ e começou a acusar Marcos de várias coisas, inclusive citou a possível condenação do vereador, em processo que envolve a Festa da Uva de 2005, quando este foi presidente, e houve denúncia de irregularidades na época. “Vou ser sincero Marcos. Eu tenho vergonha de sentar ao seu lado. Tá qui oh, no processo, você foi condenado (mostrando o celular). E foi esse ano”, cutucou PC, lendo parte da sentença que cita a condenação de Marcos em ‘Segunda Instância’. “Foi uma contratação sem licitação e fraudaram o resultado de venda de bebidas da Festa da Uva. Não sou eu que estou falando, é a Justiça. Tá aqui escrito! Antes de falar besteira da minha pessoa, você tem que se olhar, e respeitar”, bradou PC, que continuou.
“Já que estão me expondo, e querem investigar minha vida, fui para Las Vegas, sim! Fui lá, lutei, fiz o que tinha que fazer, apareci na TV, mas não fiz nada escondido. Sempre mostro tudo que faço. Quer levantar mais coisas da minha vida? Então vai…, só pra avisar todo mundo, eu frequento balada gay, sim! Eu e minha e esposa frequentamos balada gay, e daí? Se é para falar verdades, vamos falar. Eu estou aqui para falar do meu trabalho como vereador, não da vida pessoal minha e dos outros. Eu queria ficar na minha. Mas se falar coisas de mim, vai receber também”, ameaçou PC.
Marcos não esboçou reação, mesmo sentado ao lado de Edson PC, no Plenário. A sessão foi encerrada na sequência.
No dia seguinte, PC postou em seu perfil no Facebook, um trecho da ação judicial que dá sentença ao vereador Marquinhos, e no mesmo dia, mostrou um vídeo (não se sabe feito por quem) satirizando sua declaração sobre sua fala envolvendo o público LGBT.
(Acima, imagem do perfil de Facebook do vereador PC que mostra trecho do processo de Marcos, e abaixo, PC expõe vídeo que o satiriza de modo preconceituoso em post publicado no dia seguinte da sessão)


















