VINHEDO: Conseg obtém avanços, mas a falta de interesse dos moradores ainda é o maior problema
Em sua reunião mensal realizada terça-feira, 16, na Câmara de VINHEDO, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da cidade abordou o principal problema enfrentado para a implantação dos projetos do órgão, principalmente o ‘Vizinhança Solidária’, que é a falta de interesse e participação dos moradores e da cidadania como um todo, para colocar em práticas medidas relacionadas à prevenção de delitos nos bairros, condomínios e residenciais do município.
PREVENÇÃO É O PRINCIPAL
Segundo o coordenador do ‘Vigilância Solidária’, coronel aviador Ricardo Guidi, o projeto viabiliza a criação de um espaço no qual serão tratados assuntos pertinentes à Segurança Pública da cidade, e que tem como principais objetivos conhecê-los, discutí-los e promover soluções efetivas em torno dos mesmos, principalizando, em termos de 80%, a prevenção do delito.
“Um dos objetivos essenciais do projeto é fazer com que o povo vinhedense saia da habitual condição de passividade individualista e passe a pensar no próximo e a atuar de forma menos egoísta, mais ativa, protagonista e solidária, uma pessoa apoiando a outra, e não só no que diz respeito aos problemas de segurança pública da cidade”, acredita Ricardo Guidi.
“Nesse sentido, é preciso imediatamente instituir o diálogo entre as pessoas, as famílias, os condomínios residências e as empresas instaladas no município que também compõem uma espécie de ‘família’ já que possuem os mesmos interesses e problemas. O que falta é dialogar, conversar, se inteirar dos problemas e partir de forma solidária para a solução dos mesmos porque as afinidades são as mesmas, e se os problemas são os mesmos, é importante trabalhar todo mundo junto”, opina o coordenador do ‘Vizinhança Solidária.
“Metade de VINHEDO está dentro dos muros dos condomínios. Se tornarmos os condomínios seguros, metade da cidade estará segura. Falta a outra metade que está fora dos muros. O projeto ‘Vizinhança Solidária’ tem o objetivo de trabalhar a segurança dentro e fora dos muros, abrangendo toda a cidade. Fizemos o mapeamento dos condomínios para facilitar o diálogo entre os mesmos através da União dos Residenciais de VINHEDO (URV), uma espécie de associação de moradores. Nos bairros o diálogo é incentivado entre as famílias através do Núcleo de Ação Local (NAL), e as empresas também, no mesmo sentido, dialogando umas com as outras”, orienta Guidi.
Como medida inicial é feito o cadastramento de cada morador e dos colaboradores eventuais e fixos no Conseg. Ao ser cadastrada, a pessoa ganhará uma senha para a sua identificação e proteção no momento em que for atuar utilizando os telefones: 190, para uso apenas em emergências, agora centralizado em Campinas, o 181, para denúncias, estritamente confidencial, e o 153, da Guarda Municipal, que darão principalidade às chamadas das pessoas identificadas como participantes do ‘Vizinhança Solidária’.
MANTER A ADESÃO
O problema da falta de participação dos moradores nos problemas do bairro foi confirmado pelo representante do recém-formado Núcleo de Ação Local (NAL) do Jardim Panorama, Renzo Vicentini. “Realmente, o grande problema é manter a adesão ao ‘Vizinhança Solidária’. Em três semanas conseguimos contatar 80 moradores que foram cadastrados com as fichas do Conseg. Porém, como as ocorrências diminuíram, as pessoas pararam de participar, quando deveria ser o contrário, se está dando certo, aí é o trabalho aumenta para manter a prevenção ao máximo. O individualismo e o egoísmo prevalecem, e a pessoa pensa que enquanto não acontece com ela não há porque se interessar pelo problema”, constata.
VIGIAS AUTÔNOMOS
O presidente da Associação dos Vigias Autônomos de Jundiaí e Região, Celso Antonio Mourão falou da importância de se exigir dos vigias que atuam nas ruas dos bairros que sejam cadastrados na Secretaria de Segurança Pública para maior segurança dos moradores, inclusive portando a carteira funcional da categoria. Compondo a mesa, junto com o presidente Edsom Geraldo, os representantes da OAB, advogados Daniel Neubauer, e Ilma Maria Marques, e o delegado titular de VINHEDO, Carlos Renato de Melo Ribeiro, que afirmou que os vigias que não portarem suas identificações oficiais serão conduzidos à Delegacia e autuados por prática de crime de falsidade ideológica. “Nós vamos promover uma campanha nesse sentido para que nenhum vigia autônomo atue na clandestinidade, o que coloca em risco a segurança dos moradores”, garante dr. Carlos Renato.
Também presente à reunião, mas sem fazer o uso da palavra, o médico e vereador Dario Pacheco (PSDB) que tem acompanhado as mobilizações do Conseg no processo de implantação do projeto ‘Vizinhança Solidária’ nos bairros de VINHEDO.