VINHEDO: Dario Pacheco trai o seu grupo e o prefeito ao encabeçar chapa da oposição

Dr Dario Pacheco se mostra presente nas negociações do prefeito Jaime Cruz, com o grupo do PSDB, quando foram cedidas duas Secretarias a membros do partido. A Secretaria de Cultura e Turismo que ficou com Vagner Pavarin e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, a cargo de Gilberto Lourenzon. Entretanto, Dr. Dario alega que nunca soube de nada e que “jamais participou das negociações”. Então, na foto acima, só pode ser o ‘clone’ de Dr. Dario

Dr Dario Pacheco se mostra presente nas negociações do prefeito Jaime Cruz, com o grupo do PSDB, quando foram cedidas duas Secretarias a membros do partido. A Secretaria de Cultura e Turismo que ficou com Vagner Pavarin e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, a cargo de Gilberto Lourenzon. Entretanto, Dr. Dario alega que nunca soube de nada e que “jamais participou das negociações”. Então, na foto acima, só pode ser o ‘clone’ de Dr. Dario

Reviravolta em cima de reviravolta sacode a cena política em VINHEDO nessa semana. Primeiro a surpreendente saída do presidente Rubens Nunes (PR) da vice-presidência da chapa da ‘situação’ para a entrada de Júnior Choca (Solidariedade), que manteve ao longo do ano uma postura de crítica feroz à Administração Municipal, e agora está disputando um cargo na Mesa Diretora ocupando a vice-presidência na chapa da ‘situação’ tão combatida pelo ‘chocante’ edil.
Outra surpresa foi ver o coronel de ultra direita, vereador Hamilton Port (PROS), notório e heróico perseguidor de comunistas, ferrenho defensor da pátria, da família, da tradição e da propriedade ocupando a primeira Secretaria na chapa que vai disputar a Mesa Diretora da Câmara pela ‘oposição’ junto com a ultra esquerda representada pelo ‘socialista-comunista’ Valdir Barreto (Psol), formando uma ‘salada mista’ voltada unicamente ao poder, sem ideologias e propostas.

A TRAIÇÃO

Mas o que mais surpreendeu e causou mal estar entre os ‘colegas políticos’ foi a considerada traição cometida pelo médico e vereador Dario Pacheco ao encabeçar a chapa de oposição e dessa maneira esquecendo o seu grupo, o PSDB, e o prefeito Jaime Cruz (PV) que lhe concedeu o privilégio de ser o único vereador da cidade a ter duas Secretarias e inúmeros cargos de confiança na atual Administração.
É verdade que Dario Pacheco, mesmo com duas Secretarias (Meio Ambiente e Cultura) e cargos de confiança na Administração de Jaime Cruz, nunca se revelou realmente de ‘situação’, preferindo se acomodar em cima do muro, hora batendo, hora elogiando, mas sem demonstrar algum tipo de comprometimento com o atual prefeito de VINHEDO, mesmo com tantos supostos privilégios concedidos por Jaime Cruz. E agora, no último minuto, de forma avaliada por seus companheiros de partido, como no mínimo ingrata e traiçoeira, encabeça a chapa da ‘oposição’ onde estão candidatos os piores inimigos do prefeito que são apoiados pelos ferrenhos e implacáveis anti governistas, Marta Leão (PSD) e Rodrigo Paixão (Psol).

GRUPO TRAÍDO

A reportagem da FOLHA NOTÍCIAS conversou com o prefeito Jaime Cruz que se mostrou também surpreso com o inesperado fato porque Dario Pacheco goza de inúmeros privilégios em sua Administração. “Mas não me cabe em nenhum momento interferir no Poder Legislativo que deve mesmo ser independente do Poder Executivo”, opina. Jaime não informou se vai romper com o PSDB exonerando todos os cargos concedidos a Dario Pacheco. A FOLHA então procurou o grupo do PSDB que está no Governo para comentar a suposta traição de Dario Pacheco e esclarecer se o vereador conversou com os tucanos sobre a sua decisão de encabeçar a chapa de oposição, mas ninguém quis comentar o assunto, pois disseram que só vão se manifestar depois da eleição consumada. Mesmo assim, alguns citaram que Dr.Dario traiu a confiança dos companheiros tucanos, não discutindo o assunto e muito menos “pensando nos próprios correligionários que estão em cargo de confiança, como Eduardo Galasso que preside o PSDB de VINHEDO”.

OUTRO LADO

Procurado para comentar a sua candidatura para a Mesa Diretora da Câmara na cabeça da chapa de ‘oposição’, o que o levou a ser acusado de traidor pela ‘situação’, o vereador Dario Pacheco atendeu gentilmente a reportagem da FOLHA NOTÍCIAS e explicou que não houve traição de sua parte, nem ao prefeito, nem ao grupo do PSDB.
“Não tenho nada a ver com as nomeações, não indiquei ninguém, eu nem sabia que o secretário de Cultura e Turismo de VINHEDO é do PSDB, para mim ele foi nomeado por ser o melhor para o cargo. Quanto à Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, também não indiquei o Gil Lorenzon, foi decisão pessoal do prefeito Jaime Cruz. Sempre disse que agiria conforme as minhas convicções. Não fiz nenhum tipo de acordo que me obrigasse a votar sempre com a ‘situação’. Se tivesse sido convidado pelos governistas para encabeçar a chapa deles, teria aceitado, como aceitei o convite dos oposicionistas. Não vejo problema algum nisso”, acredita Dario Pacheco.
“Nem os cargos de confiança foram por mim indicados, mas esperei ser convidado para ser o secretário de Saúde, a FOLHA inclusive aventou essa possibilidade, mas nenhum contato foi feito. Quanto ao grupo do PSDB, eu conversei sim, sobre a proposta, houve uma votação, três votaram contra, mas quatro votaram a favor e então decidi aceitar sair na chapa da oposição como presidente. É uma chapa democrática”, avalia Dr.Dario, esquecendo que em todas as nomeações dos cargos de confiança, esteve reunido com o prefeito, inclusive fazendo menção a aproximação do PSDB com a atual Administração.

BATE CHAPA NA CÂMARA DE VINHEDO

Duas chapas representando as duas tendências majoritárias na Câmara Municipal de VINHEDO irão disputar na próxima segunda-feira,15, às 18h, durante a 83ª Sessão Ordinária, os cargos que compõem a Mesa Diretora da Câmara para o próximo biênio (2015/2016). A chapa da ‘situação’ foi a primeira a ser protocolada, o que ocorreu na segunda-feira, 8, pela parte da tarde, e tem como candidato a presidente o vereador Márcio Melle (PSB), vice-presidente Junior Choca (Solidariedade), 1º Secretário Alexandre Viola (PPS) e 2º secretário Val Souza (PTB). Os vereadores que subscreveram a candidatura da chapa protocolada e declararam apoio à nova Mesa foram Rubens Nunes (PR), Aparecido Dias ‘Bacural’ (PTB), Ana Genezini (PTB), Nil Ramos (PROS) e Paulinho Palmeira (PSB).

GRANDE HONRA

Márcio Melle, que é vereador pelo terceiro mandato, já compôs duas Mesas Diretoras e presidiu Comissões importantes, como Finanças e Esportes, acredita que é uma grande honra e também uma grande responsabilidade ser escolhido para comandar a Casa neste último biênio da 16ª Legislatura. “Tenho a compreensão da complexidade desta posição de presidência do Poder Legislativo e estou preparado para assumir. Respeito a pluralidade de opiniões e cada um dos vereadores desta Casa, representantes legítimos do povo, de grande importância para o município e cujas opiniões merecem nosso respeito”, acredita Márcio Melle.

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA

De forma surpreende a ‘oposição’ registrou a sua chapa no final da tarde da quarta-feira,10, último dia para inscrição das chapas, conforme reza o Regimento Interno. O que causou surpresa foi a chapa oposicionista ser encabeçada por um vereador, Dario Pacheco, que tem duas secretarias e inúmeros cargos de confiança no governo de Jaime Cruz.
Os oposicionistas apresentaram a seguinte chapa para disputar a Mesa Diretora: Dario Pacheco (PSDB) – Presidente, Edu Gelmi (PMDB) – Vice- Presidente, Hamilton Port (PROS) – 1º Secretário, Valdir Barreto (PSOL) – 2º Secretário, composição apoiada pelos vereadores Rodrigo Paixão (PSOL) e Marta Leão (PSD).
O vereador Dario Pacheco (PSDB) comentou a sua candidatura: “Candidatei-me à presidência, pois acredito que a política é feita de diálogos, e a democracia está muito bem representada nessa nova chapa, que não se restringe a alianças partidárias pré-estabelecidas nem a conceitos de situação e oposição”, opina.

‘ESTRANHO NO NINHO’

Praticamente um ‘estranho no ninho’, por ser considerado de extrema direita e pertencer a um partido da base do prefeito Jaime Cruz, o vereador Hamilton Port, ao lado do esquerdista radical, Valdir Barreto, disse que a escolha do nome “Independência e Harmonia” remete à Constituição Federal, em seu artigo 2º que explicita serem “Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Port comentou também ser imprescindível que cada Poder cumpra fielmente o seu papel, e que o Legislativo não deixe de exercer a sua função primordial de fiscalizar o Executivo, o que, segundo sua opinião, não está ocorrendo em sua plenitude no município.
“Primeiramente precisamos conquistar a efetiva Independência, um fator fundamental para que, depois, haja a Harmonia. Esperamos que neste próximo biênio a Casa possa atuar livremente em tudo aquilo que estiver dentro da sua competência, sem pressões externas ou interesses outros, que não sejam exclusivamente os de natureza pública”, comenta o vereador.

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