VINHEDO: Elo Ambiental repele campanha difamatória e caluniosa da jornalista

Vitório recebendo Cred_Dr.Ubiratan

Em entrevista na redação da FOLHA NOTÍCIAS, estiveram ambientalistas da OSCIP Elo Ambiental, organização sem fins lucrativos, iniciada em agosto de 1994, com a missão de incentivar a harmonia entre a sociedade e o seu ambiente. Os diretores da Elo contaram que a institição foi registrada em 23 de março de 2000 e declarada de Utilidade Pública por projeto de Lei aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de VINHEDO (Lei nº 2.730).

Em 2006, recebeu certificado de OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, pelo Ministério da Justiça. Com enfoque em preservação de mananciais, a Elo tem atuado em políticas públicas e desenvolve ações e projetos para conservação e recuperação ambiental nas áreas de Diagnósticos, Educação Ambiental e Recuperação de Áreas Degradadas.

DIFAMAÇÃO ORQUESTRADA

Agora, no momento em que foi contratada por uma empresa, no caso a proprietária da Fazenda Cachoeira, para fazer um levantamento minucioso da área da fazenda, foi surpreendida com uma nota publicada em um jornal local que tenta difamar, caluniar e desqualificar o trabalho da Elo Ambiental apenas por ter firmado o contrato com a citada empresa para fazer um trabalho por demais necessário para que se tome uma decisão sobre a área em questão de forma abalizada a partir de informações concretas tomadas no local.

Na edição de 20 de setembro, a colunista Denise Giunco, assessora do presidente da Câmara de VALINHOS, utiliza o seu espaço semanal em um pequeno jornal para publicar o seguinte: “E a Elo Ambiental, que em tese, defende o meio ambiente, que eu vi nascer e ajudei a construir, estou vendo sucumbir há alguns anos, e estar ligada aos empreendedores da Fazenda Cachoeira. Surreal!!” (expressão comumente utilizada por seu namorado, o vereador Rodrigo Paixão, do Psol, para atacar adversários).

DESINFORMAÇÃO GERAL

O diretor de Comunicação da Elo Ambiental, jornalista Eduardo Sona, explicou que existe uma desinformação geral sobre a Fazenda Cachoeira. “O pessoal está batendo cabeça quando se trata desse assunto, uns dizem que na fazenda existem 15 nascentes, outro afirma que são 20, o que lá é a ‘caixa d água’ de VINHEDO porque é fonte de toda a água da cidade, ou isso, ou aquilo, é uma verdadeira ‘Babel’, ninguém se entende, e não é nada disso que falam”, garante.

“A própria Câmara de Vereadores reconheceu que não tem base nenhuma para tomar uma decisão, e que por isso é necessário se fazer um levantamento minucioso da área da fazenda, saber quanto tem mesmo de área, quanto de floresta foi consumido pelas queimadas, ver como está a situação real das nascentes, o quanto existe de área degradada, as áreas de proteção permanente, enfim, fazer um estudo completo para que alguém possa tomar uma decisão, mesmo que este alguém seja a empresa dona da área”, opina.

CHUTÔMETRO

Para Eduardo Sona, enquanto não se fizer esse levantamento, tudo o que for dito vai ser na base do ‘chutômetro’. “Na reunião da Comissão de Assuntos Relevantes da Câmara Municipal trouxeram plantas da área, mas discutiu-s em cima de nada com cada um chutando de acordo com os seus interesses. Foi então que os vereadores sugeriram que se fizesse um estudo, de preferência através da ELO Ambiental por ser uma OSCIP de referência na área, isenta e respeitada na região. Acatando a sugestão dos vereadores a empresa proprietária nos contratou e já estamos em campo trabalhando com um biólogo, Mário Pires, e com José Piccolo, a pessoa que mais conhece aquela área e entende do assunto”, garante Sona.

“Nós fizemos uma visita à fazenda com os vereadores, mas nada estava claro sobre as condições da área. Então, é preciso fazer um levantamento criterioso para que alguém possa decidir sobre o assunto de forma criteriosa e sem paixões partidárias”, alerta.

A MELHOR PROPOSTA

O presidente da Elo Ambiental, do CONDEMA e diretor da AMLAC, Vittorio Zottino, afirmou que a melhor proposta para a Fazenda Cachoeira é a Prefeitura comprar e manter a área de acordo com as necessidades da mesma. “Se isso acontecer VINHEDO vai conseguir ter um parque de hum milhão e setecentos mil metros quadrados com área maior que o Ibirapuera. Mas qualquer decisão passa pelo mais amplo conhecimento da verdadeira situação em que se encontra a Fazenda Cachoeira. E nós da Elo Ambiental talvez sejamos a única Entidade regional em condições de fazer um trabalho dessa envergadura”, reconhece.

“Portanto, apresentamos um orçamento aos proprietários que foi aceito e já estamos trabalhando para levantar as informações da forma mais completa possível. Mas é preciso que fique muito claro o fato de não termos poder algum para decidir coisa alguma com relação à Fazenda Cachoeira. Quem possui poder de decidir é a população de VINHEDO, a Câmara Municipal, a Prefeitura, e os donos, mas só depois de tomar conhecimento das verdadeiras informações sobe o assunto. Por isso nossa responsabilidade num estudo profundo e fundamentado”, pondera.

DESTINAÇÃO ADEQUADA

Para Vittorio Zottino é preciso dar uma destinação adequada àquela área. “E pelo Plano Diretor os proprietários podem ocupar nas áreas próximas à linha de ferro e à represa com lotes de mil metros quadrados e lá em cima com lotes de vinte mil metros quadrados. Esses lotes maiores podem causar problemas dependendo da forma como forem ocupados. Os donos propuseram uma mudança no Plano Diretor deixando uma área para a Prefeitura em troca de fazer uma ocupação na parte alta”, explica.

“Mas não está claro onde fazer essa ocupação, nada está claro, só suposições, daí a necessidade de se fazer um estudo minucioso, um raio X da área. Nós fizemos um contrato com a empresa proprietária que está lá na sede da Elo à disposição de qualquer um. Podem colocar uma controladoria, uma auditoria para verificar e acompanhar esse contrato. Nós da Elo primamos pela honestidade, somos prestadores de serviço e fomos contratados legitimamente para fazer um trabalho que nós temos condições de fazer”, acredita Zottino.

CALÚNIA E DIFAMAÇÃO

“Quanto ao que foi publicado no jornal caluniando e difamando a nosso respeito, lamento que essa falta de ética e de respeito fundamentem o trabalho de alguns jornalistas. Lamento que pessoas ligadas à Elo, que conhecem a forma como pautamos o nosso trabalho façam agora ataques levianos ao nosso respeito. Quando a Elo apoiou determinada tendência ela foi considerada maravilhosa, fantástica, mas quando a Elo não concorda com determinada coisa e toma uma decisão própria aí vira uma entidade corrupta, desonesta”, observa Zottino.

“É lamentável ver uma profissional do jornalismo sem pesquisar, sem perguntar, sem investigar, emitir um juízo, e usar a sua profissão para atacar, denegrir, ou fazer com que seu ponto de vista prevaleça sobre os demais. Essa jornalista, e quem está por trás dela, conhece a Elo Ambiental. É muito ruim fazer uma campanha de difamação contra uma OSCIP que goza de alto conceito e respeito em toda a região em termos de meio ambiente. São vinte anos de processo, e quando a Elo precisa utilizar a sua competência para conseguir trabalho as pessoas veem isso de forma a fundamentar um pensamento pré-formado. Fico muito chateado com o que está ocorrendo na cidade em torno disso. Torno a dizer: nós não temos poder de decisão”, reitera.

É DITADURA

“Cada pessoa é livre para criar grupos e movimentos, mas é preciso ter algum conteúdo, porque sem informações não se vai a lugar algum. Temos que levantar as informações e levar à população, ao público para que se possa ter uma opinião pública e então tomar uma decisão. Mas não antes dessas informações, como está sendo feito por um determinado grupo que busca fazer valer a sua opinião própria. Tudo bem, cada um é livre, mas no momento em que esse grupo passa a atacar instituições e pessoas para que sejam desacreditados querendo fazer valer a própria opinião, aí é ditadura. E também é uma atitude passível de processo porque a verdade deve estar acima de tudo e esse pessoal se arvora sabedor de alguma coisa acima dos técnicos e especialistas. Eu acredito que um partido que se presta a essa prática não merece ser chamado de partido político e não merecer viver em um processo democrático, então é melhor que seja banido, expurgado, que se feche esta legenda porque estamos em uma democracia plena, no estado de direito, e eu acredito na Lei e espero que no mínimo as pessoas possam ser éticas em seus posicionamentos”, opina.

PROPRIEDADE PRIVADA

“É uma falta total de responsabilidade não ter informações e querer deturpar as informações existentes. Ficam botando preço em propriedade privada, mas no Brasil ainda não aboliram a propriedade privada, ficam tentando distorcer a realidade para os seus interesses políticos partidários. É lamentável o que estão fazendo, a utilização dos problemas da cidade para efeito político partidário. O meio ambiente é um assunto que diz respeito a todos os partidos. Criar movimentos paralelos sem respeitar as informações técnicas e desqualificando os técnicos para prevalecer o seu interesse político é algo vergonhoso. Nós estamos levantando as informações e não decidimos nada, volto a afirmar. Essa campanha infeliz não vai impedir de realizarmos o nosso trabalho mesmo sendo apedrejados publicamente por essas pessoas. Não tem cabimento esse tipo de comportamento. Vamos pedir o direito de resposta e tomar as medidas cabíveis”, garante Zottino. “Essas pessoas acham que somos todos idiotas e só eles possuem inteligência. Essas pessoas não suportam quem demonstrar ter algum poder de pensar para além da ótica estreita delas. Elas acham que você só serve se for útil para elas. Caso contrário você é logo descartado, falou algo que não agradou, é atacado. Isso aconteceu com outros cidadãos que os ajudaram, e enquanto agradava para eles, era maravilhoso, depois que não serviam mais, estes vinhedenses foram atacados e perseguidos. Com a Elo Ambiental fizeram o mesmo. Essa é a ética, a inteligência que eles praticam. A Elo tem independência e competência para dizer se algo está errado ou elogiar o que está correto tecnicamente falando. Mas essas pessoas não estão acostumados com uma OSCIP séria, para eles uma ONG boa é a que agrada, que faz o que eles querem em troca de umas migalhinhas”, encerrou o presidente da Elo.

 

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