REGIÃO: Frota de motocicletas na região aumenta mais de 150% nos últimos 10 anos
Atualmente, o percentual de motocicletas vem aumentando na região devido a alguns fatores, dentre eles a economia em combustível e melhor locomoção até os municípios com maior potencial empregatício. De acordo com dados do Denatran, ao longo dos últimos 10 anos o número de motocicletas na região (LOUVEIRA, VINHEDO e VALINHOS) aumentou em 179%, ou seja, foram acrescidos à frota original, de 9.042 motocicletas, mais 16.198 veículos automotores de duas rodas, resultando num total de 25.240 motos em 2014.
Em ordem crescente, o município de LOUVEIRA possui 5.568 motocicletas distribuídas entre 42.796 munícipes, o que resulta em 7,68 habitantes por moto. VINHEDO é o 2º município em número de motocicletas, são 8.326 para 71.217 habitantes, e VALINHOS vem em 1º lugar com 11.346 para 118.312 cidadãos.
Segundo o engenheiro de Tráfego, Creso Peixoto, “essa concentração em cidades menores se relaciona com a forte dependência em relação ao potencial empregatício de Campinas. Pelo fácil deslocamento entre as cidades há clara preferência no uso da moto”. Outro fator é o percentual referente às classes C e D, que abrangem maior parte da população na maioria dos municípios menores. Apesar disso, a motocicleta é um veículo cujo ‘DPVAT’ é elevado, mas pode ser estratégica para ‘driblar’ o trânsito até outras cidades onde a concentração de oportunidades é maior.
A QUESTÃO DO DPVAT
O seguro em caso de morte, invalidez e/ou despesas médicas, o DPVAT, é R$ 190 mais caro do que o seguro para veículos de quatro rodas. E, segundo o Denatran, 41,2% dos proprietários de motocicletas não pagaram a respectiva taxa em 2014, o que culminou em uma defasagem na arrecadação do imposto de R$ 2,77 bilhões. A inadimplência vem aumentando, pois o DPVAT se torna cada vez mais caro de acordo com o valor da moto, podendo chegar a 20% deste, e a previsão para os próximos anos é de que esse problema se agrave. Com o objetivo de resolver a situação, em 2011, o então governador vigente de Pernambuco, Eduardo Campos, em conjunto com a presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega, propôs a redução do valor do DPVAT. Segundo Eduardo, seria melhor muitos pagando pouco, do que poucos pagando muito. Assim, a taxa seria diminuída para R$ 100, e adotada a política de anistia para com os inadimplentes, aumentando a receita para a conta pública em 1 bilhão de reais, os quais seriam revertidos para a Saúde Pública. A proposta do falecido Eduardo Campos não obteve sucesso, mas demonstrou a necessidade de se fazer alterações neste modelo que vigora atualmente.