VINHEDO: Grupo radical tenta impedir que alunos visitem o Museu da Fazenda Cachoeira
Uma denúncia feita pelo grupo radical ‘Movimento Fazenda Cachoeira é Nossa’, pertencente a um partido de ultraesquerda estabelecido na cidade, que tenta por todos os meios fazer terrorismo para impedir que a Fazenda Cachoeira possa ter a sua metade doada ao município de VINHEDO para a instalação de um Parque Ecológico, em troca da implantação de um condomínio residencial ecologicamente sustentável, tentou utilizar a Promotoria Pública para interromper as visitas que professores e alunos estavam realizando ao casarão da Fazenda Cachoeira.
SEM MUSEU
Confirmando a ação anticultural do grupo, a denúncia, sem o devido fundamento, diz que o local não poderia ser chamado de museu e as instalações poderiam colocar as pessoas em algum tipo de risco, o que foi posteriormente descartado pelas autoridades competentes (Bombeiros e Defesa Civil). Porém, por causa disso, em seu despacho, o promotor Rogério Sanches Cunha, recomendou que o local não utilizasse a palavra museu e que os proprietários providenciassem a adaptação do espaço para a retomada das visitas.
POLITICAGEM?
Além desta ação por meio do Ministério Público o ‘movimento’ partidário ainda tentou travar as pesquisas e visitas protocolando denúncias na Defesa Civil e nos Bombeiros. Porém, cometeram um grave erro e foram desmascarados, porque a vistoria realizada no casarão pelas equipes da Defesa Civil e dos bombeiros, assinada pelo primeiro-tenente Roberto da Costa Lobo Benfatti, do Corpo de Bombeiros de VINHEDO/VALINHOS, apenas orientou a adoção de medidas de segurança contra incêndio, como a instalação de hidrantes, extintores e sinalizações de emergências, ações que, de acordo com os responsáveis, já estavam sendo planejadas, e assim expondo a articulação ‘politiqueira’ do referido grupelho e seus apoiadores.
GERAÇÕES FUTURAS
Entrevistado pela reportagem da FOLHA NOTÍCIAS, o jornalista Eduardo Sona, responsável pela pesquisa e montagem da exposição, comentou que os trabalhos de pesquisa e escaneamento de documentos, cartas e fotos antigas continuam sendo realizados. “Acho péssimo um grupo querer impedir o resgate da história de toda uma cidade. Durante os meses de trabalho realizados no casarão, localizamos uma infinidade de documentos importantes para a história dos antigos moradores e, consequentemente, para a cidade de VINHEDO. E isso tem que ser divulgado e disponibilizado para todo mundo. Querer impedir esse tipo de iniciativa é prejudicial para a sociedade de agora e também para as gerações futuras”, enfatiza Sona.
PROPRIEDADE PRIVADA
O administrador da fazenda, José Pagani ‘Biriba’, explicou também que os trabalhos de conservação dos jardins – que foram recuperados no ano passado – e a limpeza do acervo do casarão continuam normalmente. “Além disso, estamos realizando algumas manutenções na parte interna da construção a fim de adaptar às recomendações dadas pelos Bombeiros e pela Defesa Civil”, revela ‘Biriba’. Ele acredita que todo esse ‘ódio’ contra a Fazenda Cachoeira e seus proprietários seja fruto de ideologias que não respeitam e ameaçam as garantias constitucionais à propriedade privada. “Eles querem tomar na marra o que não lhes pertence. Se isso hoje se chama ‘política’, no meu tempo o nome era bem outro”, observa ‘Biriba’.
DOCUMENTÁRIO
Mas independentemente do loteamento ser aprovado ou não, o acervo do casarão da Fazenda Cachoeira, que reúne móveis dos séculos 19 e início do 20, além de cartas, fotos também do início do século passado, e documentos importantes, como cartas de alforria e declarações de morte dos escravos da fazenda, continua sendo preservado de acordo com decisão tomada por seus proprietários. Em meio a todo esse terror (ou comédia de erros?) desse grupo de ultraesquerda, surge uma boa notícia: toda essa pesquisa realizada no local resultou em um documentário sobre a Fazenda Cachoeira que será lançado no mês que vem. O filme foi produzido pela Oscip Elo Ambiental e teve pesquisa, roteiro e direção do jornalista Eduardo Sona.