VINHEDO: Homenagem a Edilson Caldeira emociona vereadora Ana
Ainda com audiência popular fraquíssima, a 107ª Sessão Ordinária da 16ª Legislatura da Câmara de VINHEDO, na última segunda-feira, 10, ganhou tons emotivos quando, na Ordem do Dia, em primeira discussão e votação, foi anunciado o Projeto de Lei Ordinária nº 30/2015, que denominou o espaço público, localizado da parte inferior do Teatro Municipal Silvia de Alencar Matheus, de “Centro de Exposição e Galeria de Artes Edilson Caldeira”. A vereadora Ana Genezini (PTB) bem que tentou encaminhar a votação do projeto, do qual foi autora, mas não conseguiu conter a emoção. Não conseguiu falar e teve voltar à sua cadeira. Já nos agradecimentos, começou a embargar a voz e caiu no choro. “Queria falar do Edilson, que dispensa toda e qualquer apresentação, mas eu não consigo falar, então, peço apenas que vocês aprovem o projeto.”
Edilson Caldeira morreu aos 43 anos, no dia 17 de dezembro do ano passado. Ele lutava contra um câncer no fígado há aproximadamente dois anos e comandou a Secretaria de Cultura e Turismo de VINHEDO, de 2005 a 2008, enquanto Kalu Donato era prefeito. Quando saiu foi chamado para um cargo na Secretaria Estadual da mesma pasta. No início de 2014 assumiu a Secretaria de Cultura e Eventos louveirense, de onde estava afastado para tratar-se.
Nil Ramos (PROS) também fez questão de registrar o carinho que marcou o pouco tempo de convivência com Caldeira. “VINHEDO deve muito a ele pelo que tem hoje na área cultural”, afirmou. Marta Leão (PSD) ressaltou que Edilson deixou marcas insubstituíveis. “Ele desenvolveu um trabalho excepcional para esta cidade que tanto amou. Se preocupava com os que mais necessitavam e colocou em prática tudo o que defendia.”, acrescentou a vereadora.
Rodrigo Paixão (PSOL) falou na sequência que conheceu Edilson em 1988 e que já naquele tempo percebia o dinamismo, a criatividade e o senso de iniciativa impressionante que caracterizaram a sua atuação. “O homem e sua história. Ele deixa um legado. Inclusive sempre muito respeitoso, mesmo com quem fazia oposição política. Ele realmente viveu até os últimos dias, mesmo com essa doença grave. O senso de coragem de assumir com o Wagner Favarin uma união civil, principalmente em uma sociedade hipócrita como ainda é a nossa, precisa ser mencionado. Gostaria de registrar essa sua coragem. Viveu de cabeça erguida e passando por cima de preconceitos”, disse Paixão.
Presente na plateia estava o ex-companheiro de Caldeira e atual secretário de Cultura do município, Wagner Favarin. Assim que foi aprovado o projeto, houve uma salva de palmas dos presentes no plenário.
LOCAÇÃO DE CARROS
Entre os assuntos que suscitaram manifestações estava o no requerimento de autoria do vereador Valdir Barreto, solicitando informações sobre o contrato de locação de veículos da Loc Minas. Para Paixão, há indícios de mau uso dos veículos e valores abusivos. Hamilton Port (PROS), por meio de aparte, afirmou que, se há dúvidas, é preciso esclarecê-las. “Se existe irregularidades, vamos levá-las ao Ministério Público para investigação. Agora, o que não pode é prevaricar”, protestou.
O valor de locação de imóveis pelo Executivo também esteve em pauta. Valdir Barreto (PSOL) afirmou que existe a “Lenda do Paço”, uma vez que todo ano a obra é incluída na Lei das Diretrizes Orçamentárias da Administração, mas que nunca saiu do papel, há mais de 20 anos. “Somente no Centro e imediações, a Prefeitura gasta R$ 700 mil por ano em locação de imóveis. Na época das ‘vacas gordas’ havia dinheiro, mas não interesse. Agora, a Prefeitura diz que não há dinheiro, mas o Paço está previsto de novo na LDO de 2016. Parece que há um compadrio entre a Prefeitura e os proprietários de imóveis da cidade para empurrar a questão com a barriga”, acusou Barreto.
ESGOTO ‘NA BERLINDA’
O problema do derramamento de esgoto residencial no Rio Capivari trouxe indignação a alguns parlamentares. O assunto veio à baila com os vereadores Edu Gelmi e Valdir Barreto, que levantaram a questão em suas falas. Valdir Barreto também esteve com Paixão na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Capivari para verificar as denúncias que foram feitas a eles sobre a contaminação do solo e de galerias pluviais por chorume, com risco de contaminação do lençol freático.