VINHEDO: Moradores do bairro Caixa d’Água lutam por asfalto há 18 anos
Os cerca de 40 moradores das ruas dos Italianos e Martins de Carvalho, no bairro Caixa d’Água, em VINHEDO, já não sabem mais a quem recorrer para que as vias sejam finalmente asfaltadas. Segundo Celeste Maria Marchori, que integra o grupo de vizinhos do local, várias reuniões foram realizadas, em várias Administrações Municipais diferentes, sempre com a promessa de que o serviço seria realizado. “Só para se ter uma ideia, já vieram aqui os ex-prefeitos Kalu Donato e Milton Serafim e o atual o prefeito Jaime Cruz. A promessa é de que as obras começariam em janeiro de 2015. Terminou o ano e a situação não se alterou”, reclama a moradora. Segundo ela, outras ruas, como as dos bairros Pinheirinho e João XXIII, já conseguiram a obra.
Para demonstrar a intensa insatisfação dos moradores, uma faixa foi afixada na entrada da rua dos Italianos, e fotos de como está e fica o acesso da via, principalmente depois das chuvas, foram enviadas para todos os vereadores da Câmara Municipal. “Estamos cansados de promessas. Pago um baita IPTU e não contamos com água encanada, esgoto e nem asfalto. Tá demais”, desabafa Celeste. Segundo ela, quando chove muito, os moradores têm dificuldade de chegar em suas casas.
A vereadora Marta Leão (PSB), na sessão da Câmara Municipal do dia 7, chegou a comentar sobre o caso durante seu tempo de explicação pessoal. “A questão do asfalto nas ruas dos Italianos e Amerope Benetti se arrasta desde 2009. Vários vereadores já fizeram essa indicação ao Executivo, mas até agora nada”, disse. Segundo a parlamentar, em 2012, R$ 23 milhões foram destinados para a Secretaria de Obras da Prefeitura de VINHEDO. Em 2013, R$ 21 milhões; em 2014, R$ 24,5 milhões e em 2015, R$ 28 milhões. “Com todo esse recurso municipal, o governo vem dizer que está aguardando dinheiro de fora para realizar a obra?”, complementou.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Vinhedo, a rua já está incluída em um pacote de obras que serão realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. A Administração aguarda agora a liberação da verba, o que até agora não aconteceu, devido ao corte de orçamento nas obras do PAC. A vantagem, segundo a Assessoria de Imprensa, é que o morador não terá que desembolsar nada para que a obra seja realizada, uma vez que o convênio não prevê contrapartida. Outra alternativa, aponta a Prefeitura, seria fazer um Plano Comunitário de Melhorias, pelo qual o custo da obra é rateada entre os moradores.
