VINHEDO: Moradores do Canjaranas discutem segurança
Seguindo o calendário de reuniões mensais do CONSEG (Conselho de Segurança) de VINHEDO, na última terça-feira, dia 19, membros do conselho receberam diversos moradores do Residencial Canjaranas com propósito de cobrar das autoridades presentes medidas emergenciais relacionadas à segurança do local. Moradores relatam cerca de 13 assaltos só neste ano, onde seis ocorreram nos últimos quatro meses. O último aconteceu no domingo, dia 17.
A reunião, ocorrida na Câmara Municipal, contou com a presença do presidente do CONSEG, Edson Geraldo Oliveira, do delegado de Polícia Civil de VINHEDO, Dr. Carlos Renato de Melo Ribeiro, do sargento da Polícia Militar, Márcio Luiz de Carvalho, do representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de VINHEDO, Daniel Mazão Neubauer, do representante da Associação da Guarda Municipal de VINHEDO, José Adilson dos Santos, do coordenador Geral do Projeto “Vizinhança Solidária”, coronel aviador Ricardo Guidi e do diretor-social do CONSEG, Rainer Kamrowsky.
Vinhedenses contaram às autoridades os recentes episódios de invasão e até roubo à mão armada que sofreram nos últimos meses. Uma jovem, que reside há nove anos no referido bairro, contou que ao chegar em sua residência, na semana passada, deparou com todos os cômodos revirados e observou que diversos objetos de valor foram levados. “Vizinhos viram indivíduos estranhos no dia do furto, mas ninguém sabe dizer ao certo quem eram as pessoas. Até o momento nada foi feito, ninguém foi preso e nenhum bem material foi achado. É uma situação de pânico e de total insegurança”, desabafou.
Outra moradora passou por uma situação ainda mais grave há quatro dias. Ela e sua filha foram rendidas enquanto estavam dentro de casa. Três homens encapuzados, além de ameaçá-las com revólver, amarram-nas por duas horas e ainda levaram diversos pertences, inclusive o automóvel da família.
Todos do Canjaranas estão preocupados, pois acreditam que a quadrilha já conhece a rotina dos moradores, inclusive andam livremente durante o dia pelas ruas do residencial. “Estou com medo, pois os bandidos parecem estar agindo em sequência. Minha casa pode ser a próxima. Precisamos urgente de mais policiais fazendo rondas pelas ruas para que a tranquilidade volte ao Cajaranas”, clamou uma senhora. Todos os moradores pediram para que suas identidades fossem preservadas.
Em resposta ao problema, o presidente do CONSEG reforçou a importância da colaboração dos populares, pois, mesmo que as Polícias sejam responsáveis por garantir a segurança, a união é ainda o principal auxiliador contra a criminalidade. “Informar sempre com veracidade auxilia e muito na coibição do crime. Pessoas, carros e grupos estranhos devem ser informados à Polícia ou GM a fim de prevenir e coibir ações criminais. E se caso as Polícias não se esforçarem para ajudá-los, nós estaremos cobrando diretamente um maior empenho dessas forças”.
O vice-presidente do CONSEG e Coordenador Geral do Projeto “Vizinhança Solidária”, coronel aviador Ricardo Guidi, explicou que o Canjaranas aderiu ao projeto recentemente e que nenhuma assembleia ou reunião fora realizada ainda com os representantes do bairro. “O projeto garante maior interação entre os residenciais e principalmente entre os moradores. Temos um contato em tempo real com os policiais e nosso maior objetivo é prevenir e informar para que os bandidos vejam como somos unidos e busquem outras cidades para cometer crimes”. Ricardo garantiu que irá se reunir com os moradores para ajudar a trazer a segurança ao bairro, pois até o momento ninguém havia procurado o projeto e não estavam cientes dos casos. O delegado Carlos Renato tranquilizou os moradores dizendo que sua Corporação já está com todos os dados em mãos dos últimos acontecimentos. “Nosso serviço de inteligência civil já vem buscando pistas com vagabundos e traficantes em presídios para chegarmos aos bandidos que vem amedrontando o bairro e a cidade. Nós usamos disfarces, carros não chamativos e estratégias para observar e, no momento certo, capturar os infratores. Não estamos parados. Trabalhamos 24 horas. E todos os casos do referido bairro já estão conosco, detalhe por detalhe”, afirmou o delegado.
