VINHEDO Oposição tumultua e sessão de segunda, só termina terça-feira

Sindicalistas passam dos limites e sessão é suspensa para o outro dia
Mais uma vez uma sessão da Câmara de VINHEDO só termina no dia seguinte. A 27ª sessão ordinária realizada ontem, segunda-feira (4) tinha tudo pra dar certo, mas ficou complicada e só foi finalizada hoje, terça-feira, 5, às 10 h, para ouvir apenas dois vereadores que faltavam efetivar seus discursos: Ana Genezini (PMDB) e Sandro Rebecca (PDT). Tudo aconteceu por causa do habitual radicalismo de uma parte da oposição que, apoiada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de VINHEDO, tumultuou tanto que o presidente, vereador Nil Ramos (PSDB), teve que suspender a sessão já quase no final e transferí-la para o dia seguinte.
DECRETO 162
Com o plenário lotado, por causa do Decreto 162, de autoria do prefeito Jaime Cruz, que condiciona o pagamento integral do auxílio alimentação dos servidores do município à assiduidade (ou seja, para um limite pequeno de falta ao trabalho), o que para a diretoria do sindicato deveria ser anulado, armou-se uma verdadeira bagunça. Também estiveram presentes os integrantes do Projeto Guri, de autoria do Governo Estadual para o ensino de música para crianças carentes, que para ser realizado em VINHEDO teria a contrapartida da Prefeitura do local e da merenda dos alunos e professores do Projeto, o que foi retirado pelo prefeito de VINHEDO, alegando corte de despesas.

Servidores radicalizam e sessão é transferida para o dia seguinte
Pois bem. Para pedir a ajuda dos vereadores às lutas dos servidores públicos, esteve ocupando o microfone da Câmara no espaço dos Representantes, o presidente Donizetti, do Sindicato, que enfatizou a necessidade de se lutar pelos direitos dos servidores supostamente lesionados pelo Decreto 34, o chamado ‘decreto da maldade’, que retira o auxílio alimentação, mesmo com faltas justificadas, e pelo Decreto 162, que mantém a punição dos servidores que adoecem ou precisam fazer exames regularmente.
CONSEG
Também ocupou o espaço dos Representes o coronel aviador Ricardo Guidi, presidente do Conseg (Conselho de Segurança), para tratar da segurança no trânsito e das ações do Conseg com relação à segurança da cidade, principalmente os avanços nesse sentido conquistados pelo premiado projeto Vizinhança Solidária, que está sendo implantado no município.
Até aí tudo ia bem, apesar da grande presença de público, notadamente sindicalistas e sindicalizados, portando seus costumeiros cartazes e faixas, mas até então respeitando as falas daqueles a quem vieram pedir apoio às suas lutas, os vereadores, não importa se de oposição ou situação. Mas quando o presidente Nil Ramos usou da palavra e começou a repreender o seu colega Edson PC (PDT), por causa de uma suposta publicação feita pelo oposicionista nas redes sociais, os manifestantes interromperam a fala do vereador com gritos e vaias obrigando a presidente interina, Ana Genezini, a suspender a sessão por quinze minutos.
SESSÃO TRANSFERIDA

Presidente do Sindicato dos servidores pede apoio aos vereadores que levam xingo
A partir de então clima de animosidade ficou cada vez mais forte entre os que foram à Câmara pedir apoio e aqueles que deveriam apoiar, no caso os vereadores apoiando os servidores. Mas toda a revolta dirigida à Administração foi, impensadamente, transferida para os vereadores. Observando que os ânimos estavam exaltados no Plenário, e sem controle dos revoltados sindicalistas, restou ao presidente Nil Ramos suspender a sessão e transferi-la para o dia seguinte porque não havia mais clima para continuar, apesar de só faltarem dois vereadores a usar a palavra na fase da explicação pessoal. A sessão por fim, mais tranquila, teve encerramento hoje por volta das 10h, porém, sem muitas emoções, como na noite anterior.