VINHEDO: População se organiza e discute Plano de Mobilidade
A sociedade civil vinhedense está se organizando pelas redes sociais para entender e discutir o Plano de Mobilidade Urbana que está em pauta na Câmara de VINHEDO e que deve ser votado em 2 de setembro deste ano. Na última quinta-feira (22), cidadãos e membros de instituições se reuniram na sede da Associação de Moradores do Residencial Santa Fé, em VINHEDO, para ampliar os debates sobre o Plano de Mobilidade Urbana (PMU) que é um instrumento de planejamento de ações de curto, médio e longo prazo que dá diretrizes e organiza a locomoção das pessoas entre as diferentes zonas de uma cidade. Atualmente, os automóveis particulares e o transporte público, são os meios de mobilidade urbana mais utilizados.
Na oportunidade, foram convidados todos os vereadores da Câmara, sendo que compareceram Valdir Barreto, Edson PC, Rui ‘Macaxeira’, Marcos Ferraz e o presidente do Legislativo, Edu Gelmi, que puderam expressar sua opinião sobre o que pensam do PMU e seu impacto na vida de cada cidadão. “VINHEDO hoje tem água para 72 mil habitantes sendo que a população atual é de 80 mil. O novo Plano que está sendo apresentado na Câmara traria para cá mais 80 mil. Sem contar que temos uma perda de água de 30%. Precisamos renovar a rede de distribuição e multar todos que jogam esgoto na rede pluvial”, explicou o presidente da Câmara Edu Gelmi, que já esteve como superintendente da Sanebavi, no passado. Os vereadores Flavia Bittar e Sandro Rebecca, que também estão auxiliando o grupo de moradores nas questões do projeto, não compareceram, mas enviaram representantes.
Os palestrantes professor Dr. Raul, com experiência em meio ambiente, Veronica Sabatino Caldeyro, arquiteta e especialista em gestão hídrica, e o arquiteto Pina, que faz projetos viários e urbanísticos, mostraram ações que podem ser inclusas no Plano de Mobilidade de VINHEDO e que não agridam ou esgotem áreas verdes e de mananciais, como abrir estradas e avenidas desnecessárias que podem alterar a fauna e a flora do município. Também expuseram, de forma técnica, estudo sobre os chamados ‘vazios urbanos’, que já permitem praticamente dobrar o número de habitantes, sem haver interferência nas áreas verdes, que devem ser preservadas e recuperadas para garantir a sustentabilidade ambiental.
Em resumo, esta primeira reunião serviu para esclarecer, segundo a definição dos participantes, os seguintes pontos:
a) O Plano de Mobilidade pode ser aprovado como está, mas com deficiência e falta de bases preliminares de estudos que não foram realizados;
b) Poderá também ser reprovado totalmente, e assim, por falta do Plano, impedir investimentos de valores vindos dos governos Estadual e Federal, e demais repasses mensais, comprometendo a qualidade de vida do cidadão e o desenvolvimento sustentável;
c) Por fim, o Plano de Mobilidade pode ser aprovado com emendas, a serem propostas nestas reuniões democráticas como a que ocorreu no Santa Fé, e retirem dessa proposta, as estradas que afetem áreas verdes e de manancial, e interfira em locais de proteção ambiental, ou vislumbre prédios de estacionamento inapropriados, alargamentos sem fundamento, assim como outras questões levantadas e sem respostas.
Os técnicos que ali explanaram, voluntariamente, se colocaram à disposição para ajudar, instruir, orientar e conscientizar os munícipes do que está acontecendo, e apresentarão sugestões e recomendações para que a Câmara exclua alguns ítens, e inclua, através de emendas, propostas modernas e positivas de mobilidade, que aliem o desenvolvimento sustentável e a boa convivência entre veículos, casas, prédios, estabelecimentos, vias, e pedestres.
Os organizadores pretendem também, realizar mais reuniões com a população, em diferentes pontos do município. O Bairro Capela pode ser o local do próximo encontro democrático.




















