VINHEDO: Sessão histórica. Baderneiro do PSOL abusa da violência e é expulso da Câmara
Tudo culpa do vereador Valdir Barreto. A violência que os seus ‘comandados’ imprimiram na 95ª sessão ordinária realizada segunda-feira, 22, na Câmara de VINHEDO, quase resultou em luta campal, briga generalizada, quebra-quebra e ataques ao patrimônio, se não fosse pela presença e pronta intervenção da Guarda Municipal que expulsou os dois principais baderneiros, o suposto ‘black bloc’ do PSOL e diretor do Sindicato dos Servidores municipais, vulgo ‘Conrado’, que extrapolou todas as medidas do bom senso, mostrando-se extremamente alterado, sob os efeitos sabe-se do quê, ao não respeitar a sua própria condição de diretor de um sindicato que representa cerca de três mil servidores, e nem a condição de funcionário licenciado da Câmara, se reduzindo a triste ‘pau-mandado’ da bancada psolista, transformando a Câmara em palco de guerra verbal entre sindicalistas, no caso com o Ademirzinho, e funcionários demitidos.
‘POST’ DA DISCÓRDIA
E o que teve o vereador Valdir Barreto com isso? Dias antes, o vereador psolista publicou um ‘post’ na internet onde chamava os cargos comissionados demitidos da Prefeitura de ‘Trem da Alegria’, e conclamava os seus asseclas para defendê-lo na referida sessão de supostos ataques verbais que seriam dirigidos a sua pessoa e aos demais oposicionistas em decorrência de terem votado contra o PLC nº 03/2015 na 16ª sessão extraordinária, e que alterava, extinguia e criava cargos dentro da Administração. Em razão desse ‘post’ do Valdir os demitidos pela oposição, e considerados pelo vereador psolista como ‘Trem da Alegria’, começaram a chegar cedo na Câmara Municipal portando cartazes e ‘banners’ com pedidos aos oposicionistas que revissem a sua posição e ficassem a favor dos trabalhadores para que conseguissem seus cargos de volta, haja vista os graves problemas que estão enfrentando sem ter como garantir o sustento de suas famílias.
PORTAS FECHADAS
Mas algo de estranho indicava que a sessão não seria tranquila. O próprio presidente da Casa, vereador Márcio Melle, deixou fechada a porta da Câmara impedindo as pessoas de ocuparem o plenário, entre as quais idosos e crianças, sem razão aparente, talvez por temer os efeitos do ‘post’ do Valdir conclamando seus militantes, os mesmos que por diversas vezes interromperam a fala de vereadores, suspenderam sessões, atacaram violentamente quem ficasse contra as suas ideias.
BLACK BLOCS ATACAM
Tudo foi muito bem preparado por Valdir, Rodrigo Paixão e capangas do PSOL. Reunidos a portas fechadas no Sindicato que aparelham com mão de ferro, e com o reforço de sindicalistas vindos de outros municípios, o ‘povo do Valdir e do Rodrigo’, liderado pelo tresloucado de vulgo ‘Conrado’, avançavam lenta e cheios de ódios na direção da Câmara para fazer calar a todo custo qualquer um que tentasse interferir na fala dos vereadores de oposição.
Enquanto a tropa de ‘black blocs’ não chegava, as portas da Câmara foram por fim abertas e o plenário sendo ocupado pelos demitidos e suas famílias. Mas logo após a sessão ter sido iniciada, ‘Conrado’ à frente, o bando de ‘black blocs’ adentrou a Câmara de forma violenta desafiando os demitidos e sendo repelidos por estes, o que elevou a temperatura da sessão a níveis nunca vistos.
SESSÃO SUSPENSA
Coube então ao presidente Márcio Melle a suspender pela primeira vez a sessão e ameaçar por para fora os mais exaltados. Mas ‘Conrado’ e sua ‘gangue’ continuavam a agredir os demitidos que por sua vez respondiam no mesmo tom às agressões dos psolistas. Ânimos acalmados, a sessão é reiniciada, e é reiniciado também a troca de acusações e agressões verbais entre os dois grupos, a tropa de choque da milícia sindicalista do PSOL e os demitidos pelos oposicionistas, o que forçou ao presidente suspender mais uma vez a sessão.
FALSO BOM MOÇO
Revelando que o discurso dos psolistas é para ‘inglês ver’, só da boca para fora, Valdir ocupou o microfone para acusar o prefeito Jaime Cruz de não querer dialogar com a oposição, e ao mesmo tempo incitando seus ‘parças’ à violência verbal contra os situacionistas. Por seu turno, o seu colega Rodrigo Paixão, fez discurso de ‘bom moço’, mas, como sempre, estava fingindo, não resistiu, e em um dado momento explodiu em sua costumeira agressividade sem medidas, assustando aos que procuravam contornar a situação e acalmar o ânimos. “A violência dos psolistas é uma mostra do que farão se um dia chegarem ao poder”, expressou Márcio Melle.
FORA CONRADO!
Em seu ‘post’ Valdir falou de paz, mas ao invés de tentar apaziguar os ânimos, o vereador pôs mais ‘lenha na fogueira’ ao acusar os demitidos de terem interrompido a sua fala na sessão passada por quatro vezes consecutivas, como se os vereadores da ‘situação’ nunca tivessem sido interrompidos e agredidos por seus cumpinchas, o que reanimou os exaltados chegando ao ponto de o suposto ‘black bloc’ vulgo ‘Conrado’ quase entrar em luta corporal com o conhecido sindicalista ‘Ademirzinho’. Foi então que, diante da iminência de agressão física no recinto da Câmara, o presidente Márcio Melle pediu à Guarda que retirasse os dois contendores do plenário. Ao sentir que a ordem seria executada, o tal ‘Conrado’, incentivado pelos supostos arruaceiros, e querendo aparecer ainda mais, sentou no chão tentando impedir a sua retirada. Mas não adiantou. Dois soldados da Guarda pegaram o suposto ‘black bloc’ pelas pernas e braços e o colocaram para fora da Casa Legislativa sob o coro de “Fora Conrado!”, juntamente com ‘Ademirzinho’ que não impôs resistência e saiu sem problemas.
‘RAINHA DA INGLATERRA’
Não é preciso dizer que depois das expulsões o clima na Câmara ficou tranquilo e a sessão histórica pôde continuar sem altercações de monta até o seu final, mesmo com alguns projetos polêmicos sendo votados. Apenas na hora da explicação pessoal, alguns vereadores revoltados com a postura irresponsável dos sindicalistas e da omissão total do seu presidente Donizetti, que acobertou e apoiou seus diretores atuando como uma autêntica ‘rainha da Inglaterra’, sem voz e sem comando, completamente passivo diante das circunstâncias que cresciam para um final imprevisível.
VOTO EM BRANCO
Foi então que a vereadora Ana Genezeni (PTB) mais uma vez entrou em cena ao bater duro na omissão do Sindicato e na mistificação dos psolistas. “Os demitidos deveriam receber todo o apoio do presidente do Sindicato dos Servidores e de sua diretoria. Eu votei em branco na chapa que me foi apresentada por causa do Conrado, diretor de comunicação do Sindicato. Ele não me representa. Sou funcionária pública há tantos anos e ele, como diretor, vem para a Câmara, tumultua, chama para a briga, bate no rosto desafiando para o confronto físico, isto é papel digno de um dirigente sindical? Os vereadores do PSOL ele aplaude, protege, e é protegido por eles, mas os vereadores da ‘situação’ ele não respeita ninguém”, dispara. E Ana prossegue. “Esse discurso de ódio do Conrado, o desrespeito com esta Casa e com os vereadores da ‘situação’, ele aprendeu com Valdir, que quando não era vereador vinha para cá e afrontava os vereadores usando nariz de palhaço. A falta de diálogo apontada pela oposição é na base do ‘se me chamar eu vou, se não me chamar não tem conversa’. Ora, a distância entre a Câmara e a Prefeitura é bem maior que a distância que a da Câmara para o Ministério Público (MP). A oposição vai para o MP, mas não vai até a Prefeitura. Isso é diálogo? Quando a Sanebavi começou tinha 13 cargos comissionados. Quando Kalu Donato assumiu como prefeito foram criados 46 novos cargos em comissão indo para 59. O superintendente era o Edu Gelmi. Mas em 2007 foram extintos 32 cargos e de 59 passou para 29 comissionados. Hoje a oposição vota contra e demite comissionados. Isso é diálogo? E vereador Valdir parece aqui, que é mesmo adepto do quanto pior melhor”, opina Ana.
HONORIS CAUSA
Para coroar a sua atuação na Câmara, Ana Genezini comentou sobre ter recebido o título de Psicanalista Honoris Causa, honraria concedida à parlamentar pelo Instituto Paulista de Psicanálise, na última quinta-feira, 17, em cerimônia realizada no Ceprovi devido aos trabalhos realizados em prol da categoria e da comunidade vinhedense. “Fico muito honrada em receber esse título de uma instituição tão importante, que visa a transmissão do conhecimento e o cuidado com o próximo; ao IPP eu expresso o meu mais profundo agradecimento”. Além da vereadora, o prefeito Jaime Cruz também recebeu a honraria.
FRALDAS SUJAS?
Por seu turno, o vereador Júnior Choca (SDD) criticou a falta de liderança e de articulação da Administração na Câmara Municipal. “Não há líder do governo, não tem quem faça articulação, o governo está sendo muito mal articulado, não era para ser desse jeito. Eu falei para Jaime Cruz no sábado, antes da sessão extraordinária de segunda-feira, que não viria à sessão. Eles sabiam, e porque não fizeram nada para evitar o pior? O prefeito já deveria ter chamado os 15 vereadores, e não só os da base. Enquanto isso, o presidente Márcio Melle desce o ‘pau’ nos vereadores dizendo de público que vereador da ‘oposição’ tem que vestir fralda. Que só fazem ‘caca’. Que falta de respeito é essa? É desse jeito que querem ver o projeto aprovado? Na base do grito? É assim desde a época do Milton Serafim, mas a coisa está mudando, e só não tempos a maioria por causa da pressão sobre alguns vereadores. Tem que existir diálogo entre o Executivo e Legislativo. Os que vêm aqui gritar, fazer baderna, com nariz de palhaço (?) ligado a partido (o PSOL?) político acham que vão mudar o voto de quem votou contra, dessa maneira?”, questiona Choca.
DIÁLOGO COM RESPEITO
Paulinho Palmeira reforçou a importância do diálogo entre as partes e o respeito ao voto de cada vereador. “Visando adequar o projeto, que não foi aprovado por essa Casa, temos que deixar o orgulho de lado, todos devem buscar a melhor solução relativamente ao funcionalismo público, que é essencial para nossa cidade”.
PROJETO FANTASMA
Já Edu Gelmi (PMDB) lembrou que o projeto de Reformulação dos Cargos, o PLC nº 03/2015, está paralisado. “Nós estamos debatendo mais uma vez um projeto que já não existe mais e que foi rejeitado. Os motivos de sua não aprovação já foram apresentados nessa Casa, como a questão do estatuto e a criação de 18 novas diretorias adjuntas. Se voltarem com mais falhas como estas o novo projeto será rejeitado também”, garante.
Nil: “BALELA da Oposição”
O vereador Nil Ramos citou ter visitado a Santa Casa na última semana para acompanhar as reformas no Centro Cirúrgico e na UTI. “A sala de cirurgia já está quase pronta, a UTI ganhou novos leitos, e o hospital ganhou novos quartos para internação, sem distinção entre SUS, conveniados e particulares”. Sobre o tumulto provocado pelos psolistas do Sindicato dos Servidores, Nil comentou que quando eles gritam e interrompem os vereadores da ‘situação’ é democracia, mas quando os de ‘oposição’ são interrompidos é perseguição. Balela, pura balela!”, indigna-se Nil.
VERGONHA
Rubens Nunes encerrou os pronunciamentos criticando a atuação do Sindicato, do seu presidente e da diretoria na sessão. “Entendo que o Sindicato representa a categoria, o funcionário público, independente se é comissionado ou concursado, então, espero que a presidência do sindicato tenha mais controle sobre a atitude de membros de sua diretoria na plateia do plenário”. A ‘oposição’ esqueceu que o seu lugar é na Câmara e não no Ministério Público (MP). Mas só vivem no MP, deveriam se mudar para lá de uma vez. O que aconteceu hoje aqui com o Conrado é sintoma dessa prática de desprezo para com o Legislativo e ódio ao Executivo. Vergonha!” E voltando-se para Valdir: “Vereador, o senhor é o único responsável por essa baderna aqui na Câmara hoje a noite por causa de sua provocação nas redes sociais chamando os demitidos de ‘Trem da Alegria’”. Chega de hipocrisia”, finalizou.