VINHEDO: Taxistas pedem mudanças na ‘Lei do Táxi’

Continua a insatisfação dos taxistas da cidade para com a administração de Jaime Cruz, prefeito de VINHEDO. Eles alegam que a segurança na cidade está péssima, não existe fiscalização para flagrar os carros que fazem transporte clandestino, inclusive o UBER que não está regulamentado. A FOLHA NOTÍCIAS esteve conversando com os taxistas que fazem ponto na avenida dois de julho, centro, Carlos Torres, Pedro Alves e Ângelo Guedes.

CLANDESTINOS
“A mudança para o taxímetro ainda não está funcionando porque não deu tempo de instalar o aparelho em todos os taxis, são dezoito carros trabalhando hoje em VINHEDO. E a vistoria feita pelo pessoal do IPEM (Instituto de Pesos e Medidas tem que ser feita no mesmo dia. Pode parecer pouco dezoito taxis em uma cidade com mais de sessenta mil habitantes, mas dentro das atuais circunstância é muito por causa dos clandestinos e do UBER que já tem mais de vinte carros trabalhando na cidade”, afirma Carlos Torres, o popular ‘Carlinhos’.

MULTA GRANDE
“Enviamos um projeto ao prefeito modificando a Lei do Táxi que impõe uma multa de apenas R$ 120,00. Nós queremos que a multa seja de R$ 5.000,00 mil para que tanto o UBER como os outros clandestinos possam sentir no bolso. Porque nós taxistas pagamos altos impostos para trabalhar. Nessa mudança mesmo, só com adesivos foram R$ 320,00, mais R$ 600,00 com taxímetro e aferição. Esse projeto feito por nós mesmos está nas mãos do prefeito que não nos responde. Mas se não fizerem nada, vamos colocar a tarifa bairro/centro a R$ 4,00 por pessoa, mais barato que a Rápido Luxo, Queremos ver se eles vão aguentar”, desafia Pedro Alves.

POUCO CASO
Até a mudança do nosso ponto aqui para a Praça Santana ficou só no papel. Para nós, essa mudança seria ótima, porque não teríamos que dar essa volta grande para sair do centro em direção aos bairros. A mudança que fizeram é coisa de quem não entende nada de trânsito, com duas ruas com o fluxo no mesmo sentido, desembocando na avenida nove de julho causando um gargalo ao menor movimento do comércio prejudicando a todos, motoristas, pedestres e comerciantes. Tudo isso é por pura incompetência da atual administração”, dispara o taxista Ângelo Guedes.

TABELA BOA
Sobre a mudança de tabela para taxímetro os motoristas são todos a favor. “Com taxímetro é melhor porque é mais seguro e mais justo tanto para o taxista como para os passageiros. E os valores das tarifas determinados pela prefeitura estamos de acordo:
Bandeirada – R$ 5,90;
Bandeira I – R$ 3,42
Bandeira II – R$ 4,05;
Hora parada – R$ 45,00;
Porta malas – 5,00.”, revela Carlos.

INSEGURANÇA
“Mas querem nos espalhar pela cidade. Não pode, porque em certos bairros não tem como o taxista sobreviver. E a fiscalização precisa existir por uma questão de segurança. O carro chega com chapa branca e fica por aqui bem na nossa cara. Ficam por aí olhando as lojas, ‘filmando’ tudo, os horários, o movimento para depois enviarem os ‘parças’ para assaltar porque não tem fiscalização. A segurança em VINHEDO está péssima, a pessoa pega um carro clandestino e vai até a sua casa. No trajeto fica conversando com o motorista dando detalhes da sua família. As informações são passadas e então para os ‘parças’ que fazem o ‘serviço’. Isto está acontecendo em VINHEDO e em outras cidades. Nós é que nos mantemos em alerta. Hoje mesmo recusamos uma corrida para Hortolândia porque desconfiamos do cara que queria viajar. Esse tipo de viagem com pessoa desconhecida pode ser mortal. Mas a fiscalização precisa existir na cidade. Não se faz mais uma ‘blitz’, e quando faz só param as motos, os carros ficam à vontade”, reconhece Ângelo Guedes.

 

PREFEITURA
A FOLHA NOTÍCIAS conversou com o diretor de comunicação da Prefeitura, José Carlos Severino, e o mesmo informou que sobre a Lei do Táxi, os mesmos já estão funcionando com o taxímetro por toda a cidade, faltando apenas que o IPEM faça a vistoria em todos os carros, o que deve acontecer nos próximos dias. Quanto ao ponto de táxi da 2 de julho ir para lateral interna da Praça Santana, José Carlos afirmou que o assunto já foi apreciado em duas reuniões com a secretaria de segurança que está avaliando a medida, para ver se está de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), afinal, trata-se de uma mudança radical que é a ocupação de uma praça com um ponto de táxi.

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