VINHEDO: Tentativa de estupro e saída de secretários dominam os debates na Câmara

A 67ª Sessão Ordinária foi realizada na segunda-feira (3), excepcionalmente nas instalações do Teatro Municipal de VINHEDO, e também ao longo de mês de setembro enquanto durarem as obras de reforma e ampliação no prédio da Câmara Municipal, necessárias para aumentar a plateia e instalar o estúdio da TV Câmara.
Durante a sessão, os debates giraram em torno do ataque sofrido por uma adolescente que foi estuprada na semana passada pela manhã, atrás do Centro de Convivência, no Centro da cidade. Segundo o vereador Edson PC, a menina livrou-se do ataque por reagir e morder a mão do agressor impedindo que o estupro físico fosse consumado, mas incapaz de evitar o estupro emocional e psíquico, o que certamente deixará traumas pelo resto da vida da jovem vinhedense.
Edson PC também reclamou da situação precária dos parquinhos da cidade. “Há um ano e meio venho lutando pelos parquinhos de VINHEDO, mas a Prefeitura não arruma os brinquedos e nem deixa arrumar”. Edson voltou a bater no secretário da Saúde de VINHEDO que, segundo o edil, trabalha muito tempo em seu consultório particular quando deveria estar servindo ao povo que o paga. “Estive na secretaria da Saúde, perguntei se o secretário estava, disseram que sim, mas não estava. Fui ao consultório dele, onde entrou às 13h30 e saiu às 17h30. Trabalha só meio período? Pode isso?”

Paulinho Palmeira (PV) elogiou o projeto Jovem Parlamentar, de autoria do vereador presidente Nil Ramos. Precisamos levar o jovem a ter contato com a política, mudar a visão distorcida da política por causa de maus parlamentares. Paulinho Palmeira também comentou as mudanças no secretariado que o prefeito Jaime Cruz está implantando com vistas à reestruturação da Prefeitura de VINHEDO em termos de secretarias e cargos comissionados. “Estou ciente que os servidores demitidos contribuíram para o bem do município, mas espero que o prefeito acerte em suas decisões”.

Com relação às mudanças no secretariado, o vereador Marcos Ferraz (PSD) comentou que não tem nada pessoal contra secretários. “O prefeito precisa adequar a gestão com medidas eficazes para modernizar a máquina administrativa de acordo com a realidade de VINHEDO.  O importante nessa nova fase é permitir uma efetiva reestruturação administrativa em nossa cidade, com ajustes também nas diretorias”. Marcos Ferraz também lembrou da Festa da Cultura e Tradições Sertanejas, da qual é um dos organizadores. E torce para que todas as escolas de VINHEDO tenham, até o final do ano, câmeras de segurança instaladas para evitar a repetição de novos atos de vandalismo.

Para a vereadora Ana Genezini (MDB), o governo erra ao fazer a junção da Secretaria da Cultura com a de Educação. “Educação e Cultura atendem a uma grande demanda, não dará certo a junção de ambas. O prefeito está fazendo essa reforma para atender os vereadores? Se, sim, então chama os vereadores para participar e assim podemos ajudar nesta reestruturação”.
Já o vereador Geraldinho Cangussú (PV) entende que deve-se respeitar a reestruturação administrativa do prefeito e apoiar no que for bom para a cidade. Geraldinho fez uma defesa toda especial do ex-secretário da Fazenda e da Educação, José Luís Bernegossi a quem atribui o equilíbrio nas contas públicas e a qualidade da educação de VINHEDO em comparação com o Estado de São Paulo e com todo o país.

Mais uma vez o vereador Edu Gelmi (MDB) criticou o fato de há cinco anos não existir o desfile cívico do 7 de Setembro quando se comemora a Independência do Brasil. “Não é por falta de verbas, o desfile custa menos que a propaganda do governo, não é falta de recursos, mas gasta-se muito mal o dinheiro do município. Isso é uma vergonha!”, reclama. Sobre as mudanças nas secretarias, Edu Gelmi entende que não é mudança de Secretaria que vai resolver os problemas de VINHEDO. “Será que vai reduzir ao ponto do que o prefeito precisa nas contas públicas? O que é preciso é fazer o equilíbrio das contas do município”, criticou.

Sobre o andamento da Comissão Processante (CP) , o vereador e guarda municipal, Carlos Florentino (PV) garantiu que “quero ser justo, nem mais, nem menos, estamos fazendo o melhor, no final tudo será totalmente aferido e apresentado aos vereadores. E se não pedimos o afastamento do prefeito Jaime Cruz é porque juridicamente está impedido. Já Ana Genezini interviu dizendo ser contra a Comissão Processante ter contratado advogados voluntários para elaborar o relatório da Comissão. “São terceiros que não fazem parte do ambiente da Câmara. Isso compromete a independência dos trabalhos da Comissão Processante porque nós temos o jurídico da Câmara à disposição dos vereadores”, opina.

Replicando, a vereadora Flavia Bitar afirmou que há dificuldade na questão jurídica e que os elementos para a cassação dependem da assessoria jurídica, o que pode comprometer o trabalho da Comissão Processante.   “Nós {da Comissão] tínhamos conhecimento de que poderíamos contar com a assessoria jurídica da Câmara. Foi a nossa primeira reunião, queríamos algo só nosso, sem interferência externa. Decidimos pelo prosseguimento da Comissão Processante, e nossa última reunião foi bem desgastante, uma vez que o advogado do prefeito apenas se preocupa em desmoralizar a Câmara e os vereadores, e em tentar anular o procedimento, o que não conseguiu nem na Justiça. A partir de agora também as reuniões serão publicadas no Diário do Município e serão filmadas”, assegura.

Coube ao vereador Sandro Rebecca (PDT) parabenizar o pessoal que criou e organizou pelo segundo ano consecutivo a Festa Literária de VINHEDO (FLIVI). E mais uma vez abordou o problema do transporte para deficientes em VINHEDO. “Um projeto social não pode ser engessado por causa de problemas na mobilidade urbana. E lamentou, junto com o seu colega Rodrigo Paixão (REDE), o desastre ocorrido com o Museu Nacional no Rio de Janeiro que foi destruído pelo fogo, e alertou: “É urgente que se apresente o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros para prédios públicos de VINHEDO”.

Sessão da Câmara aconteceu no Teatro Municipal por causa da reforma do Plenário

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