VINHEDO: ‘Tiramos nota 10’, diz Márcio Melle ao avaliar o 1º semestre de sua gestão na Câmara
Nota 10. Essa é a avaliação feita pelo presidente da Câmara Municipal de VINHEDO, Márcio Melle (PSB) à sua gestão à frente da presidência da Mesa Diretora da Casa das Leis e seus pares nesses seis primeiros meses do ano. “Só não dou ’10’ para os parlamentares que votaram contra o projeto de cargos do Executivo. Sei que é polêmico dizer isso, mas quem pagou pela falta de boa vontade em resolver esse assunto foi a população da cidade. Espero poder dar ’10’ para todos no final deste ano”, afirmou. O vereador acredita ainda que a situação pode ser revista neste segundo semestre. “Acredito que somente agora estamos conseguindo um ambiente de maior conciliação entre os pares. Teremos, assim espero, um semestre mais tranquilo e com melhores condições de servir e atender aos anseios da população”, aposta. Melle deu entrevista à FOLHA NOTÍCIAS e fez uma análise desses seis primeiros meses na liderança na Câmara.
FOLHA NOTÍCIAS (FN) – Qual é a avaliação que o sr. faz destes seis primeiros meses à frente da Câmara?
MÁRCIO MELLE (M.M.) – Este período me ofereceu um aprendizado importante, principalmente no aspecto administrativo. Continuo sendo o mesmo Márcio Melle que gosta de estar nas ruas, junto do eleitorado. Sei da minha responsabilidade em administrar os recursos públicos destinados à Câmara Municipal, e estou fazendo dessa oportunidade de gestão um aprendizado que levarei comigo.
(FN) – O primeiro semestre foi tumultuado, quais as principais polêmicas enfrentadas?
(M.M.) – O que houve, na verdade, foram projetos – dos quais, de fato, alguns polêmicos. O importante é que os vereadores sempre atuaram com competência, analisaram e debateram todos eles. Naturalmente, temas, como por exemplo, o Plano Municipal de Educação e a LDO, atraem maior atenção da população. Mas em todos os casos, sem exceção, o trabalho dos vereadores foi e é realizado com seriedade e responsabilidade.
(FN) – Como é a relação entre o Executivo e a Câmara?
(M.M.) – Como presidente da Câmara Municipal, entendo que a relação entre os poderes Executivo e Legislativo é cordial e respeitosa, como deve ser. Como cidadão, acredito que com o Executivo e o Legislativo caminhando juntos, todos nós temos a ganhar. Por isso, dentro da independência e harmonia dos poderes, procuro alinhar os esforços para efetivar ações e benfeitorias em prol da população.
(FN) – Como é presidir uma Câmara na qual os vereadores estão divididos igualmente entre oposição e situação?
(M.M.) – É uma situação normal, pois este é um dos princípios da Democracia. E independentemente de ser ‘situação’ ou ‘oposição’, todos os parlamentares da Casa trabalham com seriedade, buscando o melhor para o município e para a nossa população. Além disso, a atuação do presidente e a da Mesa Diretora estão devidamente regulamentados pelo Regimento Interno. E ainda contamos com a dedicação e excelente atuação da equipe administrativa da Câmara Municipal. Todos os funcionários aqui são importantes. Não consigo fazer nada sem a colaboração e o apoio deles. Tenho me empenhado pessoalmente nisso, inclusive para oferecer melhores condições de trabalho, ampliando o refeitório, fazendo uma revisão dos salários, abrindo mais as portas do plenário. Quero colocar uma pessoa para receber o cidadão e dar toda a atenção possível.
(FN) – Qual a decisão mais difícil que o sr. tomou este ano?
(M.M.) – Nenhuma decisão é simples, todas precisam ser analisadas com atenção e profissionalismo. Por isso, quando se trata de uma decisão política, consulto os vereadores, procuro a conciliação. Já se o assunto for administrativo, consulto a equipe de servidores da Câmara.
(FN) – Como o sr. avalia o nível de participação da população nas sessões da Câmara?
(M.M.) – Nos últimos projetos a Câmara esteve repleta, com um público interessado em assuntos específicos. Além dessa presença, tivemos também a participação de populares que nos prestigiam constantemente e as pessoas que nos acompanham pela internet. Considero fundamental a população estar presente não só nas sessões, mas também no acompanhamento do dia a dia da Câmara e do trabalho dos vereadores. Fiz questão de divulgar no site da Câmara, no início deste mês, que durante o chamado Recesso Parlamentar apenas as sessões ordinárias ficam suspensas, mas o trabalho dos parlamentares e da Câmara Municipal se mantém aberto à população. Quero que todos se sintam à vontade aqui na Câmara. Estamos de portas abertas para receber a população.
(FN) – Qual a diferença entre ser um vereador e presidir a Câmara?
(M.M.) – O presidente é um vereador e, como tal, continua seu trabalho da mesma forma que todos os outros colegas. O que diferencia, como presidente são as responsabilidades administrativas, o que nos permite ampliar nosso conhecimento e experiência, vivendo a realidade do dia a dia da gestão pública.
(FN) – O que esperar para o segundo semestre?
(M.M.) – Trabalho, sempre. A Câmara Municipal manterá o mesmo ritmo de atividades e atenderá, dentro de suas responsabilidades, as necessidades do município.
(FN) – O sr. tem pretensões em relação às eleições do próximo ano?
(M.M.) – Todo político tem pretensões para uma eleição futura. Mas considero que ainda é muito cedo para falar das eleições 2016. Prefiro manter o foco no trabalho, porque este sim é o motivo para eu estar aqui, como vereador e presidente da Câmara.
(FN) – O que falta melhorar no Legislativo, na sua opinião?
(M.M.) – O Legislativo de Vinhedo sempre esteve em melhoria continuada, e trabalhamos justamente nesse sentido: melhorar com planejamento e respeito aos recursos públicos destinados à Câmara Municipal. Já realizamos, nestes seis meses, a readequação do mobiliário, adquirimos novos uniformes para todos os funcionários e estamos realizando a obra do novo refeitório. Tudo dentro dos preceitos legais, com licitações devidamente publicadas e à disposição da população. Também iniciamos as consultas aos vereadores sobre a revisão do Regimento Interno. E assim continuaremos a fazer, investindo na valorização do servidor e na melhor aplicação dos recursos públicos que temos.